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Coisa da Política

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Postada em 29/06/2025 16:26 | Atualizada em 29/06/2025 16:35

Júlio Cezar, o coveiro dos caciques de Palmeira, agora mira a Assembleia

A experiência como prefeito e secretário fortalece Júlio Cezar na busca por uma cadeira na Casa de Tavares Bastos
Júlio Cezar, o coveiro dos caciques de Palmeira, mira a Assembleia Legislativa em 2026 - Foto: Assessoria

Durante décadas, a política de Palmeira dos Índios esteve nas mãos dos mesmos sobrenomes. Famílias tradicionais se revezavam no poder como se o município fosse uma herança de sangue, enquanto a população era mantida à margem das decisões. Até que surgiu um nome improvável: Júlio Cezar — filho de uma verdureira e de um vendedor de cachorro-quente, menino pobre, negro, que ousou desafiar os “donos da cidade” — e venceu.

Da feira para o rádio, e do rádio para a gestão pública, ele é o coveiro que sepultou os caciques. Jornalista por formação, comunicador nato e filho legítimo das feiras livres e da luta, Júlio construiu sua trajetória ouvindo o povo, denunciando injustiças e questionando privilégios. Com esse perfil, rompeu o ciclo das oligarquias locais, foi eleito prefeito, reeleito e ainda protagonizou um feito inédito: elegeu sua sucessora, a própria tia, Tia Júlia, consolidando um novo grupo político que hoje domina o cenário de Palmeira dos Índios.

Mas Júlio quer mais. Em 2026, ele prepara um novo salto: disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. Ele vem se destacando e ganhando visibilidade como secretário estadual no governo Paulo Dantas, ampliando sua influência para além dos limites do Agreste. Hoje, é considerado uma das figuras mais influentes da política de Alagoas. Ele venceu o sistema — e agora quer chegar à Casa de Tavares Bastos.

Esse movimento político pode ser um divisor de águas. Palmeira dos Índios, um dos maiores municípios do estado, nunca teve um representante estadual realmente atuante que defendesse com afinco os interesses locais. Agora, com Júlio, a cidade pode finalmente contar com um deputado para chamar de seu — alguém que conhece suas dores, que viveu suas ruas e que jamais fez parte dos antigos esquemas de poder.

Júlio não é apenas um político. É um símbolo. Ele virou o jogo político de uma cidade marcada pelo clientelismo, venceu as oligarquias no voto e se tornou um nome respeitado pela forma como construiu sua base: com trabalho e coragem. É, como ele mesmo costuma dizer, com a firmeza de quem nunca esqueceu suas origens: “Quem veio de onde eu vim, não teme a desafios.”

Em caso de nova conquista, Júlio reforçará o que sua própria trajetória já ensina: que um povo, quando se sente representado por alguém que veio do seu chão e compartilha da mesma luta, se torna impossível de ser contido.

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