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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 23/02/2021 08:24 | Atualizada em 24/02/2021 06:48

FUTEBOL BRASILEIRO: A arbitragem deve ser profissionalizada no Brasil; urgentemente

Em mais uma temporada recheada por erros, o assunto volta a ser pauta. Mas porquê ainda não profissionalizaram?
Anderson Daronco, formado em Educação Física, filiado à Federação Gaúcha de Futebol, árbitro CBF e FIFA.

  Cá estamos nós, em mais um fim de temporada, discutindo um assunto que já se tornou clichê: a profissionalização da arbitragem no Brasil.

Antes de tudo - opinar, sobretudo - precisamos entender o que diz a legislação sobre o assunto. A profissão árbitro é regulamentada por legislação própria, a lei 12.867/13, que concede à categoria a organização em associações profissionais e sindicatos, que os definem como trabalhadores sem vínculos empregatícios formais com federações e a CBF.

Ou seja, pela lei citada, eles sequer são tratados como manda a Lei dos Árbitros, como profissionais. Lei essa que não protegem em quase nada - ou nada - a categoria. Além de outro como problema que piora a situação; que é a Lei Pelé (que segundo ela, os árbitros não têm vínculo de emprego com a pagadora do seu "salário".

O Brasil vai na contramão de outros países, como a Inglaterra, Espanha, Portugal, Itália. Os profissionais nestes países recebem mensalmente, mais o adicional por jogo. Por exemplo, se fizerem parte da Premier League, recebem 70 mil libras por ano (cerca de R$ 334 mil). Mais o adicional por jogo, que varia entre R$ 2.000 a R$ 5.000 em média.

Em termos de comparação e visível disparidade, um árbitro FIFA no Brasil ganha em média R$ 4 mil para apitar uma partida do Brasileirão da Série A. Dependendo, ainda, do sorteio que é realizado em audiência pública na CBF.

Um assunto repetitivo, cheio de complexidade e perguntas sem respostas.

A profissionalização da arbitragem no Brasil deve ser urgente. A cada ano que passa vemos erros e mais erros, despreparo, sobrecarga de tensão nos árbitros e nenhum amparo para os profissionais.

Vejam, pensem comigo...

Se legisladores, federações e órgãos competentes fizessem esse "esforço" pensando na melhoria e evolução da arbitragem, certamente teríamos progresso e aperfeiçoamento na profissão. Pois o profissional estaria com foco exclusivo em apitar. Ou seja, melhoraria os fatores físicos, técnicos e sobretudo psicológicos. Uma vez que ele estaria com total compromisso em fazer apenas uma função de forma integral.

É garantia de acabar com os erros? Claro que não. Entretanto, com certeza eles iriam diminuir consideravelmente. Basta pegar os exemplos das ligas que profissionalizaram seus profissionais de arbitragem.

Falo isso, porque todos - ou quase todos - os árbitros e árbitras têm um trabalho paralelo. São professores, policiais, advogados etc. Ou seja, imaginem um dia ruim, cheio de problemas em suas funções e no mesmo dia ter que apitar um jogo decisivo. É impossível ter uma concentração 100%.

No entanto, também sabemos ou imaginamos o porque da não profissionalização. Para tal, os órgãos teriam que pagar tudo o que um "trabalhador normal" tem direito. Entre carteira assinada, salários, férias remuneradas, FGTS, licenças, entre outros. Logo, talvez venha daí a lentidão ou má vontade.

Assim sendo, sabendo como é Brasil, certamente teremos essa discussão por mais um bom e longo período. Infelizmente.

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