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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 14/01/2021 07:18 | Atualizada em 14/01/2021 07:33

LIBERTADORES: Um Santos absoluto contra um Boca Juniors "meia boca"

Na Vila Belmiro, o Peixe atropelou o time argentino e venceu por 3 a 0. Agora, fará a final contra o Palmeiras, dia 30 de janeiro, no Maracanã. Será a terceira vez que dois brasileiros decidem a competição.
Soteldo, comemorando seu gol na Vila Belmiro. - Foto: Globo Esporte

  De desacreditado a finalista. De franco-atirador a um dos favoritos ao título.

Se no começo da temporada alguém dissesse para um santista que seu time estaria na final da Libertadores, ele não acreditaria. Como a maioria das pessoas. Mas o futebol não é feito de suposições ou previsões. E o Santos, no momento, é prova viva disso.

Nos jogos da fase de semifinal contra o Boca Juniors, muita segurança e personalidade do time santista. Um 0 a 0, no primeiro jogo, na La Bombonera - jogando melhor - e um avassalador 3 a 0, na Vila Belmiro.

O jogo:
O que se deve fazer quando está jogando em casa e precisa vencer? Se você respondeu "se impor", acertou. Assim como o Santos foi perfeito em sua atitude.

Logo no início de jogo a intensidade foi mostrada. Linhas mais adiantadas, marcação forte e segunda bola recuperada. Além de uma bola na trave, de Marinho, nos primeiros minutos. O 4-4-2 do Boca Juniors, com as duas linhas de 4 bem definidas não funcionava. Pois a movimentação do Peixe conseguia ultrapassá-las

Aos 16 minutos o gol de Pituca, por merecimento. Após os famigerados primeiros minutos de veemência santista, o time argentino conseguiu, enfim, respirar. Teve algumas saídas de contragolpe, muito pelos espaços dados pelo Santos - sobretudo quando a velocidade se transformava em pressa.

A segunda etapa estava desenhada: o Boca vindo para cima tentando o gol e o Santos contragolpeando. Certo? Errado. Muito Errado.

Muito bem o time argentino tentou. Mudou sua estrutura tática para 3-4-3/3-4-2-1; com a bola saindo nos pés do volante que se 'metia' entre os defensores, para que os laterais pudessem sair e alargar o campo ofensivo - junto dos pontas. A estratégia era ousada e arrojada. Mas esqueceram de combinar com o Santos.

Porque o mesmo ímpeto do começo do jogo se repetiu no seu reinício. Aos 3 minutos, gol de Soltedo e aos 7, Lucas Braga. A partir daí o controle do jogo foi total e absoluto do time brasileiro - principalmente após a expulsão do lateral Fabra. Mais chances foram criadas e desperdiçadas. Inclusive, o que foi 3 poderia ser 4, 5, 6.

Em resumo, o Santos foi amplamente superior ao Boca Juniors. Tanto na La Bombonera, quanto Na Vila Belmiro - principalmente na Vila. Um time com variações táticas, alternâncias ofensivas, intenso e organizado taticamente. Além de um dos pontos mais importantes e primordiais desse time do técnico Cuca: a entrega.

O Santos chega à final por puro merecimento. Quebrando previsões e calando muita gente. Principalmente quem falava que o Boca iria passar. Mas até que passou - mal. Pois tecnicamente o Peixe sempre foi superior. Expondo suas qualidades, provando e fazendo o Boca se tornar "meia boca".

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