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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 03/08/2020 08:52

ALAGOANO: Quase uma década depois, poderemos ter uma "Final do Interior"

Confrontos de semifinais acontecem hoje. CSA e Murici se enfrentam às 16h; às 21h tem CRB e ASA. Ambos no Estádio Rei Pelé.
Classificados para a semifinal do estadual.

 Vocês lembram a última vez que dois times do interior se enfrentaram em uma final?

Vou refrescar suas memórias. Foi em 2011. ASA e Coruripe decidiram o campeonato daquele ano - último título estadual do alvinegro. Um ano antes, em 2010, o mesmo ASA perdia o título para o também semifinalista de 2020, Murici.

Outra curiosidade quanto a galera do interior, é que o último título de um interiorano foi em 2014. Quando o Coruripe bateu o CRB na grande final. De lá para cá a hegemonia de CRB e CSA perdura. No entanto, ela pode ter fim hoje.

Um cenário totalmente diferente. Em meio a uma pandemia, tudo precisou ser modificado - principalmente o regulamento. Com isso, as possibilidades e oportunidades aumentaram. A partidas serão únicas (sem jogo de volta). Ou seja, tudo pode acontecer.

É logico que há sim um favoritismo - por parte dos rivais da capital. Antes, pelo fator técnico, financeiro e estrutural. Agora, pela vantagem de tempo de trabalho e manutenção de seus times. Diferente de ASA e Murici (único invicto). Principalmente o time arapiraquense, que teve seu elenco reformulado por completo.

No entanto, ser favorito não credencia o time a estar classificado ou se classificar. Ele não vem com uma placa à sua frente mostrando que já é o vencedor. E isso a história mostra. Pode ser um favoritismo; mas não uma garantia.

Com o modelo de disputa adaptado, tudo pode acontecer. Jogo único traz a magia e outras perspectivas. O que vai prevalecer, principalmente, será a estratégia adotada. A qualidade é o primeiro quesito, lógico. Porém, ela terá que ser colocada em prática de forma imponente. Caso contrário, não vale de nada.

Mata-mata de jogo único traz a probabilidade do "não favorito" se igualar, justamente, em porcentagem de chances.

No caso do Campeonato Alagoano, um fator será importante para os times do interior: coragem. Quando cito tal aspecto não é o antônimo de medo. É ter imposição e jogar futebol - mesmo sabendo suas limitações. É lógico que não dá para ir para uma disputa como esta de peito aberto - seria burrice. Mas deve existir coragem.

Separando por equipes (do interior), as características são diferentes. O ASA totalmente remontado e com um reinício de trabalho. Nos dois últimos jogos, uma melhora na parte tática foi visível. A organização do sistema adotado pelo técnico Léo Goiano parece ser o cartão de visita alvinegro. Além da alta concentração e principalmente, entrega dos jogadores.

Já o Murici, tem um jeito diferente. O técnico Elenilson Santos presa pela tentativa de ter a bola. Além da organização em suas transições. O alviverde é um time muito lúcido naquilo que propõe seu comandante. Basta ver a excelente campanha que vem fazendo - estando invicto na competição.

Dito isto, chegou o dia. Onde tudo o que foi feito até aqui se apaga. Onde o único pensamento é o hoje. É assim que após quase uma década, poderemos tem o interior em uma final. Acabando assim com uma soberania da capital. Se isso vai acontecer, não sabemos. Porém, torcemos.

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