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Coisa da Política

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Postada em 09/02/2021 13:06

Após dois anos apagado, Renan está de volta como líder da maioria no Senado

Senador estava certo de nova vitória para ser o presidente da Casa mais uma vez, mas acabou vítima de gente mais esperta que ele; agora ele quer enfrentar Alcolumbre para comandar a CCJ
Renan está de volta como líder da maioria no Senado - Foto: Divulgação

Ei-lo de volta. Solto e saltitante. Ei-lo. Renan Calheiros está de volta ao noticiário brasileiro como uma grande autoridade. Faz uns 80 anos que ele está sempre nas manchetes. Tem uma porção de processos por corrupção nas costas parados no STF, mas está sempre aí para servir sua pátria amada.

Renan Calheiros começou a aparecer novamente ao recolher assinaturas para a criação de uma CPI que vai analisar a conduta do governo do presidente Bolsonaro durante a pandemia. E ao recolher assinaturas para a CPI, dizia que nunca foi próximo ao Palácio do Planalto. Agora, por indicação do MDB, foi escolhido como o líder da maioria no Senado. Ei-lo novamente. Ficou dois anos apagado, mas, na verdade, estava costurando suas manobras. Sempre viveu de manobras e nunca foi enquadrado em nada.

Todo julgamento de Renan é adiado. E ele vai vivendo em brancas nuvens como sempre. Assumiu a nova função de líder da maioria prometendo somar esforços contra o governo de Bolsonaro. Tem mais: ele não descarta a possibilidade de disputar a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante do Senado, com o senador ex-presidente da Casa, Davi Alcolumbre, do DEM, aquele que o derrotou na eleição de 2019.

Renan estava certo de nova vitória para ser o presidente do Senado mais uma vez, mas acabou vítima de gente mais esperta que ele. Agora ele quer enfrentar Alcolumbre para comandar a CCJ. Vai sair fogo. Jogo duro mesmo. Quem você pensa que é, Alcolumbre? Renan anda dizendo aos seus amigos que ficou ausente do debate político no Brasil por causa da pandemia e por motivo de saúde, mas agora está pronto para trabalhar. Deseja ser uma figura forte contra o governo. Aliás, ele nada tem a ver com esse governo.

Deixa isso claro. Afirma que se Alcolumbre assumir a CCJ será péssimo, dando a impressão que seu desafeto é um zero à esquerda. Renan acha que Alcolumbre quer agora ser o presidente da Comissão para ser dono do próprio Senado. Renan, que já presidiu o Senado por quatro vezes, diz que para esse cargo na CCJ é preciso respeitar a tese da proporcionalidade. O partido que tem mais senadores indica o presidente da CCJ e não tem conversa. Nesse caso, o partido com mais senadores é o MDB e ele, Renan Calheiros, está ali à disposição de todos para assumir esse “sacrifício” em favor do Brasil. Se não for assim, o que os brasileiros vão pensar do Parlamento? Boa pergunta, senador, boa pergunta.

O que os brasileiros vão pensar do Parlamento? Renan faz a pergunta e se mostra radiante. De repente ele vai presidir a CCJ e, por consequência, será o dono do Senado. Uma maravilha! O partido com mais senadores deve indicar o nome até mesmo por segurança.

Na quarta-feira, 3, Renan Calheiros escreveu nas suas redes sociais uma mensagem direta, dizendo que a Comissão de Constituição e Justiça poderá ser o estilingue nos olhos do novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Renan escreveu ainda umas coisas estranhas, afirmando que a estrela de Davi Alcolumbre reluziu nos dois anos no Senado e para o brilho não se tornar opaco, é prudente que abdique da síndrome de Golias, do gigantismo dos filisteus. Ei-lo novamente. O mesmo Renan Calheiros pronto para a nova guerra.

Líder da maioria, e se conseguir o comando da CCJ, quem vai enfrentar Renan, sempre ele? Está em todas. Pobre é este país que vê as mesmas figuras dando ordem o tempo todo. Estão sempre em cena. Não muda. Não tem jeito. Pobre país este, entregue sempre aos mesmos esquemas, às mesmas caras, tudo igual. Não muda nada. São figuras sinistras que persistem como uma praga rogada ao país, sugando sempre o que lhe for possível sugar. E assim vamos vivendo. Ou tentando viver.

Por Jovem Pan

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