Por Petrônio Viana - Assessoria FTV

Após seis meses de atividades, 150 crianças e jovens inscritos na segunda edição do projeto Eu Vivo o Esporte participam, de quinta-feira (26) até sábado (28), da I Copinha nas modalidades basquete, vôlei e futsal. O projeto, voltado para alunos da rede pública de ensino com idades entre 9 e 18 anos, é realizado pela Fundação Teotônio Vilela no município de Viçosa desde agosto de 2014, com calendário previsto para os próximos seis meses. A primeira edição do Eu Vivo o Esporte foi realizada entre 2011 e 2012, no município de Craíbas, no Agreste alagoano.

O projeto tem a supervisão metodológica do Minas Tênis Clube, que cede seu conhecimento em esporte de alto rendimento, com equipes de destaque nacional e internacional em diversas modalidades esportivas. O clube é responsável pela capacitação dos professores, distribuição de apostilas, monitoramento das aulas e avaliação de desempenho dos alunos. As aulas teóricas e  práticas acontecem três vezes por semana, em um ginásio cedido pela Prefeitura de Viçosa.

No total, 280 meninos e meninas participam do projeto, mas apenas aqueles com melhor frequência escolar e maior assiduidade aos treinamentos participam da Copinha. Uma segunda edição do torneio está programada para o encerramento das atividades, em junho deste ano. Além do fardamento distribuído no ano passado, cada atleta inscrito na competição recebeu um kit com camiseta, calção e meias. Mas o presente mais esperado veio da maior fabricante de artigos esportivos do Brasil, a Penalty, que teve sua atenção atraída pelo projeto e doou 280 pares de tênis para a prática de esporte in door.

A distribuição dos calçados fez a alegria dos alunos que compareceram nesta quinta ao Ginásio Municipal de Viçosa para a abertura da Copinha. Com quatro filhos participando da Copinha, Meire Rosana Soares de Araújo comemorava a mudança no comportamento dos garotos. “Aqui, eles fazem exercícios, ocupam a cabeça com coisas saudáveis. O projeto mudou os hábitos dos meninos, que hoje acordam mais cedo, são mais disciplinados, mais obedientes. E vivem ansiosos para vir às aulas”, disse a dona de casa.

Ao lado dela, Adriana Ferreira Almeida, mãe de outro atleta, destacava um dos principais objetivos do Eu Vivo o Esporte. “Quando eles estão aqui, significa que não estão nas ruas infestadas de drogas. Aqui, eles ficam fora das ruas, longe de tudo que não presta e perto de uma coisa muito boa para a vida deles, que é o esporte”, lembrou.  Representantes da Vivo/Telefónica, Minas Tênis Clube, Fundação Teotônio Vilela e autoridades locais também participaram da cerimônia.

Para a presidente da Fundação Teotônio Vilela, Janice Vilela, a importância do projeto está exatamente no resgate de uma dívida social do Brasil com seus habitantes menos favorecidos, oferecendo às crianças e jovens uma alternativa de crescimento pessoal a partir do esporte. “O Projeto Eu Vivo o Esporte 2 tem feito isso. Levado sonhos e esperança para jovens alagoanos, da mesma forma que, em outros tempos, na história do resgate democrático do Brasil, Teotônio Vilela, viçosense arretado de coragem e de paz, cantou a liberdade para milhões de brasileiros, jovens, crianças, idosos”, disse.

O supervisor de Franquias do Minas Tênis Clube, Elói de Assis, que vem a Viçosa a cada três meses para avaliar o andamento do projeto, destacou a evolução técnica dos alunos nesta primeira metade do período de atividades. “Eles aprenderam as regras, as técnicas e melhoraram suas habilidades. É notável o envolvimento dos alunos. O alto índice de frequência demonstra que eles estão satisfeitos com as aulas. Isso é resultado dos esforços da equipe altamente capacitada que aplica a metodologia do Minas Tênis”, avaliou. ”Nosso objetivo é que esses meninos levem o esporte como uma bandeira em suas vidas. Mantemos contato com os pais e com a escola e percebemos o desenvolvimento deles como cidadãos”, observou Assis.

Habilidoso na perna esquerda, o estudante Sávio Quintino da Silva, de 14 anos, diz enxergar no projeto uma oportunidade de alcançar o sonho de ser um jogador de futebol profissional. “O projeto me deixa mais perto do meu sonho e de ajudar minha família. Para isso, eu sei que preciso treinar bastante e me dedicar aos estudos. Eu tenho me dedicado muito, procuro não faltar às aulas e incentivo meus amigos a frequentar o projeto também”, disse Sávio, depois de marcar dois gols na vitória de seu time de futsal por 10x0.

Continuidade

De acordo com a coordenadora geral do Eu Vivo o Esporte 2, Adriana Manolio, a ideia é manter as atividades do projeto no município de Viçosa pelo menos por mais um ano. “Vamos dar agilidade para apresentar novamente o projeto para o Ministério do Esporte e dar continuidade às atividades. Sabemos que são necessários vários anos para que os grandes atletas sejam formados e, aqui, contamos com todo o apoio da Prefeitura e da Secretaria de Esporte. Nossa intenção é colocar mais modalidades esportivas e ampliar o projeto, contando também com psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais para termos uma formação mais completa desses cidadãos”, destacou a coordenadora.

“Estamos muito felizes em poder realizar a Copinha agora, na metade das atividades. E por termos conseguido o apoio da Penalty para distribuir esses tênis. É emocionante ver a alegria dos garotos, porque foi uma luta muito grande para chegarmos até aqui”, comemorou Adriana Manolio.

O projeto Eu Vivo o Esporte é realizado pela Fundação Teotônio Vilela por meio da Lei de Incentivo do Ministério do Esporte com recursos de patrocínio na ordem de R$ 310 mil, provenientes da Vivo/Telefónica e do Banco do Nordeste. O projeto conta ainda com o apoio do Minas Tênis Clube e da Prefeitura de Viçosa, além das parcerias com a Sococo, Bauducco, Sarandy, Penalty e do grupo empresarial Virtus, cujo presidente no Nordeste, Teotônio Vilela Neto, intermediou o contato com a Penalty para doação dos tênis.

"Sinto-me, hoje, na minha Viçosa, feliz e agradecida por poder garantir, ao lado dos meus seguidores de sonhos, parceiros do Eu Vivo o Esporte 2, mais um passo de bem no futuro de tantas crianças", finalizou Janice Vilela.