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Polícia
Postada em 15/05/2025 16:13 | Atualizada em 15/05/2025 17:00 | Por Todo Segundo

Família adia ato por Gabriel Lincoln após agendar reunião com desembargador

Manifestação marcada para esta sexta (16), em frente ao CISP de Palmeira, será remarcada
Família adia ato por Gabriel Lincoln após agendar reunião com desembargador - Foto: Todo Segundo / Arquivo

A mobilização popular que cobraria mais uma vez justiça pela morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, foi adiada. O protesto, que estava marcado para esta sexta-feira (16), a partir das 8h, em frente ao Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Palmeira dos Índios, teve sua realização suspensa pelos organizadores.

Segundo os familiares, a decisão ocorreu após o agendamento de uma reunião com um desembargador Desembargador Tutmés Airan, considerada estratégica para os próximos passos do caso. A família avalia que o encontro pode representar um avanço importante nas tratativas jurídicas e na busca por responsabilização dos envolvidos.

Gabriel foi morto no dia 3 de maio, após ser baleado por policiais militares durante uma perseguição no bairro Vila Maria, na periferia do município. A versão apresentada pelos agentes afirma que o jovem estava realizando manobras perigosas em uma motocicleta, desobedeceu à ordem de parada e, durante a fuga, teria sacado uma arma de fogo e atirado contra os policiais, que reagiram. A família contesta essa narrativa, afirmando que Gabriel não portava arma e foi vítima de uma abordagem violenta e desproporcional.

A mobilização desta sexta seria o segundo protesto organizado por familiares e amigos. O primeiro ocorreu no sábado (10) e reuniu dezenas de manifestantes com faixas, cartazes e gritos de indignação, denunciando o que chamam de "abuso policial" e exigindo a responsabilização dos envolvidos.

“Meu filho não era bandido. Era um menino cheio de sonhos, e teve a vida tirada de forma cruel. Não vamos descansar até que a verdade venha à tona e que os culpados sejam punidos”, declarou, emocionada, a mãe de Gabriel durante o ato anterior.

Nas redes sociais, o caso vem ganhando ampla repercussão, impulsionado por familiares, amigos e militantes de direitos humanos. A expectativa era de que o novo protesto reunisse ainda mais pessoas, incluindo representantes de movimentos sociais e lideranças políticas da região.

Embora a nova data ainda não tenha sido definida, os organizadores asseguram que a manifestação será realizada em momento oportuno e com divulgação prévia. “A reunião com o desembargador é uma oportunidade que pode abrir portas importantes. Mas nossa luta continua. A manifestação será remarcada e a sociedade será convocada novamente”, disse um dos organizadores do ato.

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