O Instituto de Criminalística de Maceió (ICM), da Polícia Científica de Alagoas, confirmou nesta quinta-feira (20), a quantidade e os tipos de equipamentos apreendidos durante a operação Upload. Em uma segunda fase da ação, todo esse material será periciado pelos peritos criminais da chefia de perícias em crime de informática.

A operação coordenada pela Polícia Civil focou no combate aos crimes cibernéticos de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes. A presença dos policiais científicos no cumprimento dos mandados de busca e apreensão foi crucial para garantir a integridade das provas técnicas que irão subsidiar as investigações da prática de atividades ilícitas.

Na ação, o trabalho dos peritos criminais se concentrou na análise prévia dos dispositivos de informática, como aparelhos celulares, computadores, tablets e outras mídias que servem de armazenamento e compartilhamento de conteúdo de pornografia infanto-juvenil. Em um dos alvos, a perícia confirmou a presença desse tipo de material armazenado como postagens em aplicativo de comunicação, onde o suspeito oferecia a venda de conteúdos digitais relacionados ao objetivo pericial, configurando a prisão em flagrante de um dos suspeitos pela PC.

Esse caso aconteceu no município de Rio Largo, onde a equipe formada pela perita criminal Cyntia Toledo e os auxiliares de perícia Tiago Abreu e João Guilherme apreenderam um computador e três smartphones. Em Marechal Deodoro, a equipe formada pelos peritos criminais Flaudizio Barbosa e Gustavo Costa e os auxiliares Deyse Lima e André Lira recolheram dois smartphones.

No município de Olivença, a operação contou com a participação do perito criminal Luiz Dionizio Santos. No alvo, a equipe conseguiu realizar o maior número de apreensões. No local, sete dispositivos eletrônicos com capacidade de armazenamento de dados foram apreendidos, sendo três smartphones, dois discos rígidos (HD), um cartão de memória MicroSD e um smartwatch.

“Após identificar esse tipo de material, fazemos uma análise prévia no local para a constatação de algum flagrante. Em seguida, embalamos o material, lacramos e entregamos o material para a equipe policial acautelar. Emitimos um relatório com as constatações da operação e iremos agora aguardar o envio desses dispositivos eletrônicos para análise no laboratório”, explicou o perito criminal Flaudizio Barbosa.

Para o chefe especial do ICM, Charles Mariano, o resultado obtido pelos peritos na operação Upload demonstra a relevância da participação da Polícia Científica em ações dessa natureza. Charles destacou ainda a capacitação do órgão no auxílio ao combate e redução da criminalidade em todos os contextos, principalmente em relação a crimes de exploração sexual no ambiente virtual, e ratificou a importância da integração entre as Polícias Civil e Científica dentro da SSP no combate à criminalidade em Alagoas.