Por Deraldo Francisco

Parece que há um ninho de escorpiões ou de formiga-de-roça na cadeira do comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Nenhum oficial consegue ficar muito tempo naquela cadeira. Quando o comandante está “tomando pé” da situação, é transferido. Em menos de um ano, já são quatro os comandantes da unidade.

Hoje, segunda-feira, dia 6, está assumindo o major operacional Anaximandro Tenório. Ano passado, neste mesmo período estava assumindo a tenente-coronel Fátima Basílio. Ela demorou pouco no comando. Falou grosso, queria impor o “toque de recolher”, deu uns “tabefes nuns boyzinhos” da cidade e, pouco tempo depois, foi transferida. O argumento foi o de sempre: “rodízio na corporação para reoxigenar as unidades”.

Depois, um major – cujo nome me escapou no momento de escrever – ficou apenas um dia no comando do 10º Batalhão. Enquanto ele estava na indefinição, nem sentou na cadeira. Não foi picado pelos insetos. Aliás, o oficial nem foi à Palmeira dos Índios. A unidade ficou uns dias  com o subcomandante assumindo o serviço.

Depois, entrou o coronel Roberto Valle da Costa. Bem intencionado e transparente, o comandante foi à Câmara para, numa missão reservada, pedir o apoio dos vereadores para consertar viaturas baixadas. Foi a maior polêmica. Mas, felizmente, o coronel conseguiu provar a sua boa intenção, muito embora tenha sido desautorizado pelo Comando-Geral. É sabido por todos que, no interior, a PM recebe apoio financeiro do Executivo e do Legislativo locais. Mas isso só vira problema quando é anunciado pela imprensa.

O coronel Valle driblou os escorpiões e formigas da cadeira e passou um tempinho a mais que a coronel Fátima Basílio. Mas, também foi transferido. Ele dá lugar ao major Anaximandro, oficial considerado boa gente e operacional ao extremo. Aliás, Palmeira dos Índios e as outras 10 cidades sob a responsabilidade do 10º Batalhão estão precisando.