Dólar hoje 5,479
25° C em Arapiraca, AL Parcialmente nublado
Polícia
Postada em 30/12/2025 17:09 | Atualizada em 30/12/2025 17:38 | Por Todo Segundo

Relembre os 10 casos policiais que mais marcaram em Alagoas em 2025

Ano foi marcado no estado por crimes de grande repercussão, tragédias e episódios
Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, morreu durante uma perseguição da PM - Foto: Reprodução

O ano de 2025 foi marcado por crimes de grande repercussão, tragédias, investigações complexas e episódios que mobilizaram a opinião pública em todo o estado de Alagoas. Da violência urbana aos escândalos envolvendo figuras públicas, os acontecimentos mais impactantes do período ajudaram a moldar o debate sobre segurança pública, Justiça e políticas institucionais.

Chama atenção o fato de que grande parte dos casos envolve profissionais da área da saúde, vítimas ou protagonistas de crimes que chocaram a sociedade.

A seguir, o Top 10 dos casos policiais que mais repercutiram em Alagoas em 2025, em ordem cronológica dos fatos, relembrados pelo Portal Todo Segundo.

  • ABRIL — Caso Ana Beatriz: bebê é encontrada morta após falsa denúncia de sequestro

O desaparecimento da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, de apenas 15 dias, no município de Novo Lino, chocou Alagoas e ganhou repercussão nacional.

Inicialmente, a mãe, Eduarda de Oliveira, relatou que a filha teria sido sequestrada, dando início a uma ampla mobilização policial envolvendo forças de segurança de Alagoas e Pernambuco.

Após 11 dias de buscas, a própria mãe confessou que o corpo da bebê estava escondido dentro de um armário no quintal da residência.

Ela foi indiciada por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.

  • ABRIL — Prisão do ex-presidente Fernando Collor em Maceió

No dia 24 de abril, Alagoas voltou ao centro do noticiário nacional com a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em processo derivado da Operação Lava Jato, Collor foi responsabilizado por receber cerca de R$ 20 milhões em propina envolvendo contratos da BR Distribuidora.

A prisão reacendeu debates sobre corrupção, impunidade e o papel da Justiça no combate a crimes de colarinho branco.

  • MAIO — Caso Gabriel Lincoln gera protestos em Palmeira dos Índios

A morte do adolescente Gabriel Lincoln, de 16 anos, após uma perseguição policial em Palmeira dos Índios, provocou forte comoção social e protestos.

O jovem foi atingido por disparos durante uma abordagem da Polícia Militar. O episódio resultou no afastamento de policiais, manifestações populares e acompanhamento direto do Ministério Público.

O caso ampliou o debate sobre uso da força policial e a atuação das forças de segurança em Alagoas.

  • AGOSTO — Morte do ex-prefeito Marcelo Lima em Quebrangulo

O ex-prefeito de Quebrangulo, Marcelo Lima, de 65 anos, morreu afogado no Rio Paraíba do Meio, no dia 5 de agosto.

Ele realizava um passeio de caiaque enquanto avaliava a viabilidade de um projeto de ecoturismo, quando foi surpreendido pela força da correnteza.

A morte causou grande comoção regional, levando o município, o estado e a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) a decretarem luto oficial.

  • SETEMBRO — Avião com 195 kg de cocaína cai em canavial de Coruripe

Em 14 de setembro, uma aeronave caiu em um canavial no município de Coruripe, no Litoral Sul de Alagoas.

No local, a polícia encontrou 195 quilos de cocaína, embalados com rótulos falsos da SpaceX.

O piloto australiano Timothy James Clark, de 46 anos, morreu no local. A identidade foi confirmada posteriormente por meio de exame de DNA, em ação conjunta da Polícia Federal e autoridades internacionais.

O caso revelou mais uma rota do tráfico internacional de drogas pelo Nordeste brasileiro.

  • NOVEMBRO — Médica mata médico a tiros em Arapiraca

Um crime envolvendo dois profissionais da saúde chocou o estado em novembro.

Um médico foi assassinado a tiros dentro do carro, em frente a uma Unidade Básica de Saúde, na zona rural de Arapiraca.

A principal suspeita do crime é a ex-esposa da vítima, também médica, presa horas depois em Maceió com a arma do homicídio.

O caso reacendeu debates sobre violência doméstica, relações abusivas e saúde mental.

  • DEZEMBRO — Técnica de enfermagem é assassinada em Maceió

Em dezembro, a técnica de enfermagem Valéria Tavares, de 40 anos, foi assassinada a tiros no bairro Chã da Jaqueira, em Maceió.

Mãe de três filhos, ela era considerada o principal sustento da família.

O crime causou forte comoção e segue sob investigação da Polícia Civil.

  • DEZEMBRO — Enfermeira é morta dentro de casa em Penedo

A enfermeira Ana Beatriz Cavalcante Ramos, de 29 anos, foi assassinada dentro da própria residência, no município de Penedo, no Baixo São Francisco.

O principal suspeito é um policial militar, ex-companheiro da vítima, que se apresentou às autoridades após ficar foragido.

O crime foi tratado como feminicídio e provocou revolta e protestos na cidade.

  • DEZEMBRO — Enfermeiro é morto em motel de Arapiraca

Outro caso envolvendo profissionais da saúde ocorreu em Arapiraca, onde o enfermeiro Ítalo Fernando foi assassinado dentro de um quarto de motel, no bairro Canaã.

Um policial militar foi preso em flagrante, suspeito de cometer o crime após encontrar a vítima com sua esposa.

O episódio teve grande repercussão no interior do estado.

  • DEZEMBRO — Operação da PF na Sesau expõe desvio milionário

Encerrando o ano, a Polícia Federal deflagrou uma operação contra irregularidades na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

A investigação apurou desvio de recursos públicos, favorecimento em contratos emergenciais e lavagem de dinheiro, envolvendo milhões de reais.

O secretário de Saúde, Gustavo Pontes, foi afastado por 180 dias, assim como dez servidores. A operação teve forte impacto político e institucional.

2025 em síntese

A retrospectiva policial de 2025 revela um ano duro para Alagoas, marcado por violência, crimes de grande repercussão e escândalos institucionais. Ao mesmo tempo, os casos evidenciaram uma sociedade mais vigilante e exigente.

Para 2026, o desafio permanece: fortalecer a segurança pública, proteger vidas — especialmente de mulheres, crianças e profissionais da saúde — e garantir Justiça, transparência e responsabilidade institucional.

Comentários

Utilize o formulário abaixo para comentar.

Ainda restam caracteres a serem digitados.
*Marque Não sou um robô para enviar.
Compartilhe nas redes sociais:

Utilize o formulário abaixo para enviar ao amigo.


Instagram