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Alagoas
Postada em 01/09/2025 22:33 | Por Todo Segundo

Alagoas entra em nível de atenção para Síndrome Respiratória Aguda Grave

Estudo da Fiocruz destaca aumento de casos de SRAG no país e reforça necessidade de manter vacinação atualizada
Fiocruz coloca o Estado de Alagoas em alerta para casos graves de doenças respiratórias - Foto: Reprodução

O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), trouxe um alerta importante para Alagoas. O estado está entre as 20 unidades da federação que apresentam incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em níveis de atenção. Embora os casos de Covid-19 ainda não tenham gerado impacto expressivo nas hospitalizações, a instituição reforça a necessidade de atualização do esquema vacinal.

De acordo com o levantamento, houve aumento de casos de SRAG por Covid-19 em quatro estados: Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba. No entanto, Alagoas e outros estados já demonstram sinais de alerta devido ao avanço da síndrome em diferentes faixas etárias, causada não apenas pelo coronavírus, mas também por outros vírus, como o rinovírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR).

Em Alagoas, as autoridades de saúde acompanham com atenção o cenário, já que o período é marcado por instabilidade climática e aumento de doenças respiratórias. A presença do estado na lista da Fiocruz reforça a importância da vigilância epidemiológica e da adesão da população às campanhas de imunização.

Especialistas alertam que a combinação de baixa cobertura vacinal e maior circulação de vírus respiratórios pode pressionar o sistema de saúde, caso a prevenção seja negligenciada.

Atenção especial a crianças e idosos

O relatório indica que, em diferentes estados, o aumento de casos está concentrado em crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, com destaque para infecções causadas pelo rinovírus. A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Processamento de Dados Científicos da Fiocruz, orienta que “caso crianças e adolescentes nesta faixa etária apresentem sintomas de gripe ou resfriado, devem permanecer em casa e evitar frequentar a escola, a fim de reduzir a transmissão”.

Além disso, a especialista reforça que idosos e pessoas imunocomprometidas devem tomar a vacina contra a Covid-19 a cada seis meses, enquanto os demais grupos de risco precisam garantir ao menos uma dose de reforço anual.

Vacinação: esquema atualizado pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde atualizou em dezembro o calendário de vacinação contra a Covid-19. Entre as principais mudanças está a inclusão da vacina no Calendário Nacional de Vacinação para gestantes e idosos a partir de 60 anos, que antes faziam parte de grupos especiais.

Confira o esquema de vacinação atualizado:

Crianças de 6 meses a menores de 5 anos:

  • Moderna Spikevax: duas doses (intervalo de 4 semanas)
  • Pfizer Cominarty: três doses (intervalos de 4 e 8 semanas)
  • Idosos (60+): duas doses a cada seis meses (Pfizer, Moderna ou Serum/Zalika)
  • Gestantes: uma dose a cada gestação (Pfizer, Moderna ou Serum/Zalika)
  • Grupos especiais (ex.: quilombolas, indígenas, trabalhadores da saúde, população ribeirinha e em situação de rua): uma dose anual
  • Imunocomprometidos (a partir de 6 meses): esquema primário com três doses e reforço semestral
  • População geral (5 a 59 anos, sem imunização prévia): uma dose única do imunizante disponível

Prevenção é essencial

Apesar do baixo impacto atual nas hospitalizações, o boletim reforça que a vacinação continua sendo a principal estratégia de proteção coletiva. Em estados como o Amazonas, o aumento de casos entre crianças está diretamente associado ao Vírus Sincicial Respiratório, o que demonstra a circulação de diferentes agentes causadores de SRAG.

Em Alagoas, especialistas alertam que a combinação de baixa cobertura vacinal e maior circulação de vírus respiratórios pode pressionar o sistema de saúde, caso a prevenção seja negligenciada.

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