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Postada em 24/05/2018 14:45 | Atualizada em 24/05/2018 22:53 | Por Jefferson Almeida / Todo Segundo

Estado não repassa recursos e CHAMA suspende atendimento a pacientes com câncer

Atendimento de pacientes com câncer através do SUS está suspenso por falta de pagamento por parte do governo de Alagoas
Hospital Chama suspende atendimento por ausência no repasse de verbas - Foto: Todo Segundo

O Centro Hospitalar Manoel André (CHAMA), em Arapiraca, suspendeu nesta quinta-feira (24), o atendimento de pacientes com câncer através do Sistema Único de Saúde (SUS) por falta de pagamento por parte do governo de Alagoas, cujo o último repasse de verbas foi em Janeiro de 2018.

A diretora do setor de oncologia, responsável pelo atendimento de pacientes com câncer, Bertha Mendes, relatou a reportagem do portal Todo Segundo que o repasse ocorre da seguinte forma: 65% é feita pelo município de Arapiraca e 35% através da Secretaria de Saúde (Sesau) de Alagoas.

“ O município vem efetuando o repasse de forma correta até o momento, só que a Sesau,via governo do Estado, não repassa verba desde o mês de fevereiro. Temos várias dificuldades para atendimento e estoque de medicamentos, renegociamos com fornecedores, mas chegou um momento que não dá para sustentar essa situação. Só voltaremos ao atendimento normal quando o governo de Alagoas efetuar o pagamento do mês de fevereiro, enquanto não pagarem, não temos como fazer o atendimento”, desabafa a médica.

Bertha Mendes, diretora do setor de oncologia, falou com exclusividade ao portal Todo Segundo

Em Janeiro de 2018, o hospital CHAMA teve  a suspensão temporária no atendimento pelo mesmo problema.

O portal Todo Segundo entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SESAU) que enviou uma nota a nossa reportagem.

Acompanhe a nota na íntegra:

Nota da Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) esclarece que aguarda o parecer favorável da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para realizar a contratualização com o Centro de Atendimento Médico Manoel André (CHAMA), visando atualizar os repasses financeiros. Salienta que este procedimento se faz necessário, conforme prevê a legislação, sob pena de o gestor da saúde estadual incorrer em improbidade administrativa, uma vez que os recursos são públicos e os pagamentos devem ser efetuados mediante contratos firmados e autorizados pela PGE. Evidencia que a assessoria técnica da Sesau está adotando as medidas administrativas necessárias para que a contratualização ocorra o mais rápido possível.

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