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Alagoas
Postada em 03/02/2025 17:28 | Atualizada em 03/02/2025 17:32 | Por Sesau

Sesau alerta sobre a prevenção contra acidentes com escorpiões

A recomendação é manter ambientes limpos e evitar o contato direto com locais que possam servir de abrigo
Entre os acidentes com animais peçonhentos em 2024, as ocorrências com escorpiões foram as mais frequentes

A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) faz um alerta para que a população adote medidas de prevenção que possam evitar acidentes com animais peçonhentos. A orientação ocorre diante do registro de casos suspeitos envolvendo a aranha-marrom, espécie cujo aparecimento não é comum no estado. Manter ambientes limpos e evitar o contato direto com locais que possam servir de abrigo para esses animais são algumas das principais recomendações.

Entre agosto de 2024 e janeiro de 2025, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Sesau notificou cinco casos de pacientes que foram hospitalizados com suspeita de terem sido atacados pela aranha-marrom. Dois pacientes precisaram de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido a complicações graves, e, desses, dois morrera no último mês de janeiro.

Os casos foram registrados em Maceió e também envolveram um paciente de Pernambuco, atendido em Alagoas. Os principais sintomas apresentados foram dor, edema, equimose e necrose na área afetada. Entre os acidentes com animais peçonhentos registrados em Alagoas em 2024, as ocorrências envolvendo escorpiões foram as mais frequentes, totalizando 13.039 casos.

Em seguida, houve 1.327 registros de picadas de abelhas, 457 de serpentes, 210 de aranhas, 125 de lagartas e 746 de outros animais venenosos. Diante desses números, a Sesau reforça a importância da prevenção e do atendimento médico imediato em casos de acidentes.

De acordo com a superintendente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, a enfermeira Waldineia Silva, algumas aranhas são classificadas como animais peçonhentos porque produzem veneno. Porém, em Alagoas, não se tem ainda a confirmação da presença da aranha-marrom.

“Solicitamos à população que mantenha jardins e quintais limpos, sem acúmulo de lixo, além de evitar folhagens densas junto a paredes e muro das casas. Também é importante não colocar a mão em buracos, pedras e troncos desgastados, entre outras medidas de prevenção. Caso aconteça algum acidente, a vítima deve procurar o serviço de saúde mais próximo. Dispomos de 14 unidades com o soro antiaracnídico, distribuídos nas 10 Regiões de Saúde de Alagoas”, explica Waldineia.

O assessor técnico da Sesau, Clarício Bugarim, destaca que em Maceió há três unidades de referência para atender pacientes acometidos por picadas de animais peçonhentos. Além do Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HEHA), no bairro Trapiche, a assistência é prestada nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Jacintinho e Tabuleiro do Martins.

“Temos uma gama de animais que podem ser considerados peçonhentos e que causam problemas para a saúde pública. Assim que ocorre a picada, recomendamos limpar a região apenas com água e sabão e procurar atendimento médico nessas três unidades especializadas, caso o acidente ocorra em Maceió. Se possível, identificar o animal com uma foto e levar para a unidade de saúde”, disse Clarício Bugarim. Orientações para os Municípios

A Sesau, por meio do CIEVS, emitiu uma nota de alerta para os municípios para que sejam notificados e comunicados todo caso suspeito ou confirmado de acidente com animal peçonhento. A comunicação deve ocorrer de forma imediata, em até 24 horas após a suspeita inicial, sendo necessário acionar o CIEVS e a área técnica de zoonoses.

A notificação deverá ser registrada pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar atendimento ao paciente no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), vinculado ao Ministério da Saúde (MS). Além disso, a nota pede para intensificar a vigilância diante dos casos suspeitos de acidentes por aranha do gênero Loxosceles (aranha-marrom ou aranha-violino); realizar ações educativas de forma continuada à população e aos profissionais de saúde; divulgar amplamente entre a população local as medidas preventivas a serem adotadas para evitar acidentes por aranhas, assim como, procurar atendimento médico.

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