As trabalhadoras e os trabalhadores da educação em Arapiraca estão na luta. Após o encerramento das negociações com a gestão do prefeito Luciano Barbosa (MDB), o Sinteal foi às ruas junto da categoria na última quarta-feira (11) para exigir que o município pague o piso nacional da categoria, com reposição salarial de 33,24%, os repasses do FUNDEB e a melhoria nas condições de trabalho.

Com faixas, cartazes e um carro de som, os trabalhadores e as trabalhadoras protestaram nas ruas da cidade, recebendo o apoio da população por onde passou. O Sinteal entende que, esgotadas as opções de negociação com a prefeitura, a hora é de mobilização. Em assembleia, a categoria definiu uma mobilização por tempo indeterminado até que a prefeitura se pronuncie sobre o pagamento do piso nacional da categoria.

O presidente do Núcleo Regional do Sinteal Arapiraca, Paulo Henrique Santos, falou sobre a mobilização. “A negociação foi encerrada na semana passada. A proposta posta na mesa foi de 10%, com apenas o repasse do IPCA. A categoria rejeitou por unanimidade, pois temos clareza de que existem os recursos para avançar mais nessa proposta”, explicou.

“Graças a esta mobilização, a gestão se comprometeu a apresentar uma nova proposta de reajuste, que a categoria decidirá em assembleia se aceitará ou não”, concluiu.

Jô Conceição, secretaria de assuntos municipais do Sinteal, lembrou que esta é uma situação que não é exclusiva de Arapiraca. Por todo o estado, vários municípios tem relutado em cumprir a legislação nacional. “Esta atividade que acontece no município de Arapiraca está se dando na maioria dos municípios alagoanos, onde estamos encontrando uma resistência muito grande no cumprimento do piso nacional do magistério. Vamos continuar fazendo nossas caminhadas e paralisando as atividades, quando necessário, para que eles entendam que nós seguiremos na luta” explicou.

O Sinteal reforça que não irá recuar da luta enquanto a gestão de Luciano Barbosa não apresentar uma proposta decente para a categoria.