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Postada em 30/06/2025 14:00 | Atualizada em 30/06/2025 14:02 | Por Todo Segundo

Morre Xameguinho, ícone do forró pé-de-serra de Alagoas, aos 62 anos

Artista sofreu infarto fulminante durante a madrugada desta segunda-feira (30)
Xameguinho, ícone do forró alagoano, morreu aos 62 anos após infarto fulminante - Foto: Reprodução

O sanfoneiro, cantor, compositor e produtor musical Sebastião José Ferreira Maximíno, mais conhecido como Xameguinho, morreu aos 62 anos, na madrugada desta segunda-feira (30), em sua residência no bairro do Tabuleiro do Martins, em Maceió. Segundo familiares, ele acordou com falta de ar, tentou ir ao banheiro, mas sofreu um infarto fulminante antes de receber socorro. A causa da morte também foi confirmada como um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Natural do município de Atalaia, Xameguinho começou a tocar sanfona ainda na infância, por influência do pai e inspirado pelos ícones da música nordestina como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Trio Nordestino. Seu primeiro contato com o instrumento aconteceu por volta dos 12 anos, quando o pai lhe presenteou com uma sanfoninha e um rádio para ouvir música. A paixão foi imediata — e definitiva.

A trajetória profissional começou a tomar forma em 1979, quando passou a integrar o trio Os Pajés Nordestinos, ganhando notoriedade ao levar o forró pé-de-serra a clubes, festas e eventos em Alagoas e outros estados. Desde então, foram décadas dedicadas à música, com gravações em LPs, CDs e DVDs e parcerias importantes que marcaram a cena musical nordestina.

Mais que um instrumentista talentoso, Xameguinho era também um alfaiate sonoro. Em seu Stúdio Xamego, em Maceió, produziu e arranjou músicas de diversos artistas de Alagoas, Sergipe e Pernambuco. Entre os nomes com quem trabalhou estão Geraldo Cardoso, Mestre Zinho, Kara Veia e Mano Walter, entre outros. Sua contribuição foi fundamental para o crescimento e projeção nacional desses artistas, além de ajudar a manter viva a tradição do forró de raiz.

Xameguinho somava mais de cinco décadas de carreira e já havia levado sua música para a Europa, consolidando-se como um dos principais sanfoneiros de Alagoas e uma referência do forró tradicional. Em vida, ele sempre defendeu a importância de valorizar a música nordestina e os talentos locais.

A morte de Xameguinho deixa uma lacuna na cultura popular alagoana. Seu legado permanece na discografia que ajudou a construir, nos músicos que influenciou e nos fãs que embalou com sua sanfona. O velório e o sepultamento devem ocorrer ainda nesta segunda-feira, com local e horário a serem confirmados pela família.

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