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Justiça
Postada em 13/11/2025 14:15 | Por Todo Segundo

“Serial killer de Alagoas” volta a ser condenado e já soma mais de 160 anos de prisão

Durante o júri desta quinta, Albino dos Santos Lima afirmou que matava para “eliminar o mal”
“Serial killer de Alagoas” volta a ser condenado e já soma mais de 160 anos de prisão - Foto: Reprodução / MPE

Albino dos Santos Lima voltou a ocupar o banco dos réus nesta quinta-feira (13). Apontado como o “serial killer de Alagoas”, ele foi novamente condenado — desta vez a 24 anos, 11 meses e 8 dias de prisão — pelo assassinato de Beatriz Henrique da Silva e pelas lesões corporais causadas ao filho dela, uma criança de apenas quatro anos. O julgamento aconteceu no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no bairro Barro Duro, em Maceió.

A nova pena inclui 24 anos e seis meses pelo homicídio e 5 meses e oito dias pela agressão à criança. Com a decisão, Albino já acumula mais de 160 anos de reclusão, resultado de seis julgamentos por homicídios e tentativas de homicídio. Entre as vítimas anteriores estão Tâmara Vanessa dos Santos, além dos sobreviventes José Gustavo Carvalho e Leidjane Gomes de Freitas.

Durante o julgamento, o réu manteve o discurso frio e perturbador que o acompanha em todas as audiências. Disse que matava para “eliminar o mal”, afirmando que suas ações eram “guiadas por ordens divinas”.

“Essa mulher era traficante de drogas, todos sabem disso. Ela usava o próprio filho como escudo humano. [...] Ele me mandou ceifar esse joio que vivia traficando e roubando. A ação, a execução, tudo isso, não era eu”, declarou Albino, ao falar sobre o assassinato de Beatriz e o ataque à criança.

O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, do Ministério Público de Alagoas (MPAL), refutou as justificativas e afirmou que o comportamento do réu é premeditado e calculado.

“Temos aqui um réu confesso, que estudava os hábitos das vítimas e acompanhava suas redes sociais. No celular dele havia calendários com as datas dos assassinatos e fotos dos túmulos. É um comportamento psicopático e cruel, digno de um filme de terror que parece não ter fim”, disse o promotor.

No fim de outubro, Albino já havia sido sentenciado a 27 anos, um mês e 10 dias de prisão por outro caso de feminicídio. De acordo com o MP, as provas reunidas — balística compatível, registros digitais e objetos apreendidos — demonstram um padrão de execução e planejamento em todos os crimes.

Considerado um dos criminosos mais perigosos e letais da história de Alagoas, Albino dos Santos Lima permanece preso, acumulando condenações que evidenciam a frieza e a brutalidade de sua trajetória.

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