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Justiça
Postada em 18/12/2018 12:55 | Atualizada em 19/12/2018 10:32 | Por Todo Segundo

Acusado de matar travesti em Palmeira vai a júri nesta quarta

Cícero Pereira dos Santos, vulgo “Carne Crua”, está preso desde 2017. “Mary Montilla ou Peu”, foi morta no bairro São Cristóvão
Travesti “Mary Montilla ou Peu”, foi assassinada em Palmeira - Foto: Divulgação

O réu Cícero Pereira dos Santos, vulgo “Carne Crua”, acusado de matar a travesti “Mary Montilla ou Peu”, 26 anos, vai a júri popular nesta quarta-feira (31), em Palmeira dos Índios. Após ser preso uma semana depois, “Carne Crua”, confessou o crime.

O julgamento está previsto para acontecer no auditório do Centro de Ensino Superior Cesmac Sertão, no bairro Vila Maria, a partir das 9h, e será conduzido pela juíza Carolina Sampaio Valões Rocha Andrade, titular da 4ª Criminal de Palmeira dos Índios.

O Ministério Público pede a condenação de Cícero Pereira dos Santos por homicídio duplamente qualificado, com as qualificadoras de motivo fútil e uso de tortura na prática do crime. Já a defesa do acusado sustentou, nas alegações finais, que ele cometeu o ato "sob efeito de violenta emoção, perdendo o controle de suas faculdades emocionais e psicológicas em decorrência das agressões sofridas anteriormente pelas desavenças com a vítima".

O caso

"Mary Montilla ou Peu" foi assassinada por dois homens ao sair de um bar no bairro São Cristóvão, em Palmeira dos Índios. Conforme relato de testemunhas à Polícia Militar, Mary Montilla saiu do estabelecimento e foi perseguida pelos algozes, que a atingiram com várias facadas pelo corpo, sendo dois na região do pescoço, com a vítima vindo a óbito no local da ocorrência.

A prisão

Cícero Pereira dos Santos, vulgo “Carne Crua” foi preso cerca de uma semana depois do crime no município de Bom Conselho (PE) e confessou ter assassinado a travesti “Mary Montilla ou Peu”.

Durante entrevista “Carne Crua” falou que não está arrependido e faria tudo de novo: “O crime aconteceu por volta das 4h20. Foi quando a Peu estava com uma morena dançando no balcão do bar do Aparecido e quando soltou ele passou a mão na bunda dela. Ela se virou e ficou de frente para mim e me acusou de ter passado a mão nela”, afirmou.

Segundo relato de Carne Crua, depois disso a travesti deu um tapa no seu rosto. Na saída do bar ele revelou que perseguiu a vítima e cometeu o crime. Ela foi alcançada e recebeu três golpes de faca. Questionado se tem algum remorso pelo crime ele comentou sobre o assunto. “Não estou arrependido, se der na minha cara eu faria a mesma coisa. Eu tinha intenção de se entregar”, disse.

Já Leandro Batista de Souza, que também foi preso, e presenciou toda confusão falou como tudo aconteceu. “O bar estava fechando, foi quando a travesti fora do bar tentou agredir novamente “Carne Crua” que revidou arremessando um copo na cara dela. Eu não consegui conter ele que correu para cima dela com uma faca. Eu só vi ele em cima dela e não pude fazer nada”.

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