Do Todo Segundo

A justiça concedeu a guarda provisória da criança recém-nascida, enterrada viva em uma cova rasa, no dia 27 do mês passado em Palmeira dos Índios. O caso ocorreu no Sítio Lagoa da Canafistula, zona rural município.

A decisão foi do Juiz José Miranda Santos Junior, da 1ª Vara Cível da Infância e da Juventude, que atendeu a solicitação do Ministério Público Estadual (MP) e concedeu guarda provisória da menina para um casal que estava na fila de espera do Cadastro Nacional de Adoção. Os pais adotivos não tiveram os nomes divulgados.

Já a mãe da criança uma adolescente de 15 anos, está em um local preservado e seguro, uma vez que ao se apresentar no dia seguinte, na Maternidade Santa Olímpia, a menor informou ter sido obrigada pelo pai da criança a enterrá-la, logo depois do parto.

De acordo com a médica Flávia de Paula, plantonista da maternidade nesta sexta-feira (10), Vitória como vem sendo chamada pela a equipe médica do hospital, passa bem, mas não há previsão de alta. “A bebê segue internada em observação e o quadro clínico dela é estável, porem ainda sem previsão de alta”, disse a pediatra.

O pai está preso
Está preso na delegacia regional de Palmeira dos Índios, Evanderson Elias de Melo, suposto pai da criança recém-nascida, achada enterrada viva em uma cova rasa no dia 27 do mês passado

De acordo com as primeiras informações, o jovem é cunhado da mãe da criança, uma adolescente de 15 anos. Ao se apresentar no dia seguinte, a menor informou ser a mãe da menina e disse ter sido obrigada pelo pai da criança a enterrá-la, logo depois do parto.

Ainda segundo as primeiras informações, a motivação para o crime seria esconder da esposa – que é irmã da adolescente, como também dos pais das jovens – a filha do relacionamento extraconjugal. Polícia Civil ainda investiga o caso

Entenda o caso
Uma recém-nascida foi enterrada viva no dia 27 do mês passado, no Sítio Lagoa da Canafistula, zona rural de Palmeira dos Índios. De acordo com a Polícia Militar, a menina teria sido enterrada, após o parto.

Segundo informações da PM, a criança foi encontrada com vida enterrada em uma cova rasa e coberta com palha de milho e feijão, além de pedaços de madeira. A menina teria sido salva por uma mulher identificada como Vera Lúcia Vieira da Silva, que mora próximo do local e ouviu a bebê chorar.

Pesando 3,50 kg, a criança foi socorrida e encaminhada para a Maternidade Santa Olímpia, do Hospital Regional Santa Rita. Segundo a assessoria da unidade hospitalar, a menina chegou com restos de placenta, suja de areia e com dificuldade na respiração.