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Justiça
Postada em 08/01/2016 10:43 | Atualizada em 08/01/2016 18:39 | Por Todo Segundo

Justiça manda soltar suspeitos de integrar “Máfia das Funerárias”

Esquema envolvia empresas que participavam da chamada “Máfia das Funerárias”, há mais de 30 anos no HGE
Justiça manda soltar suspeitos de integrar “Máfia das Funerárias” - Foto: Divulgação / PC
Do Todo Segundo

Os juizes Geraldo Amorim, Sandro Augusto, Ana Raquel gama e Antônio Emanoel Dória, da 17ª Vara Criminal da Capital, decidiram relaxar a prisão dos suspeitos de um esquema fraudulento de funerárias dentro do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió.

De acordo com a Polícia Civil, o esquema criminoso denominado de "Máfia das Funerárias", envolvia funcionários da unidade de saúde e de pelo menos 22 funerárias. A operação deflagrada pela Polícia Civil na quinta-feira (07), resultou na prisão de 13 pessoas.

"Apesar de estarem presentes os indícios de ameaça à ordem pública, por se tratar de crime que não envolve violência, por não serem os réus reincidentes, possuírem residência fixa e por terem colaborado com a investigação, se dirigindo para prestar esclarecimentos, entendemos que a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão teriam o condão de resguardar a sociedade da ação delitiva sem impor aos investigados a severidade da segregação", diz o texto do Judiciário.

As prisões
Os empresários presos foram identificados como: Marcelo Lúcio Costa, 38 anos; Robson Tadeu Silva Costa, 63; Maria Cícera dos Santos Lima, 47; Moacir Correia de Araújo Filho, 52; Hudson Soares de Menezes, 30; Liane Regis Reis, 36; José Luís de Souza, 61; José Eduardo Maia, 44; Adeilton Antônio da Silva, 58, e José Carlos Santos Costa, de 46 anos.

Os agentes funerários presos foram Rogério Regueira Teixeira de Miranda, 34 anos; Rogério dos Santos Costa, 38, e Marcelo Filipe da Silva, 33. Estes atuavam no necrotério do HGE, fazendo a higienização dos corpos e até aplicando formol. Eram eles também que cooptavam familiares das pessoas mortas para a compra dos caixões e de outros serviços funerários.

A polícia descobriu também que os agentes funerários, apesar de não serem servidores públicos, usavam uniformes do HGE e até ganhavam ticket refeição do hospital.

As investigações foram iniciadas em dezembro, a partir de requisição feita Ministério Público Estadual (MPE). O MPE recebeu denúncias sobre a existência de práticas ilegais e atitudes suspeitas no HGE como empregados das funerárias realizando plantões e aplicação de formol nas dependências da unidade de saúde.

A Polícia Civil descobriu que os agentes funerários recebiam entre 60 a 100 reais por funeral. Existe a possibilidade do envolvimento de outras pessoas entre funcionários públicos e agentes das funerárias.

De acordo com o delegado Ronilson Medeiros, inicialmente 10 funerárias já foram identificadas e mais 12 estariam sendo investigadas, já que documentos em nome delas foram encontrados com os suspeitos. Elas formavam uma espécie de cartel, inclusive com a elaboração de uma escala para os plantões de cada dia.

Segundo ele, a prática vinha acontecendo há mais de 30 anos e somente agora pessoas do próprio HGE procuraram o MPE para denunciar. “As investigações vão continuar e mais pessoas podem ser presas”, concluiu o delegado.
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