O alagoano Albino dos Santos Lima, conhecido como o “serial killer de Maceió”, volta ao banco dos réus nesta sexta-feira (31), para responder pelo assassinato de Tâmara Vanessa dos Santos, de 21 anos, e pela tentativa de homicídio contra um casal, crimes ocorridos em junho de 2024, no bairro da Ponta Grossa, em Maceió.

Este será o quinto júri popular de Albino, que ganhou repercussão nacional após ser apontado como autor de pelo menos 18 mortes registradas entre 2022 e 2024 na capital e em cidades do interior.

O julgamento estava inicialmente marcado para o dia 7 de outubro, mas foi adiado devido a problemas médicos do advogado de defesa. O novo júri acontece no Fórum da Capital, com a acusação sob responsabilidade do promotor de Justiça Antônio Vilas Boas, do Ministério Público de Alagoas (MPAL).

As denúncias que levaram Albino novamente ao tribunal foram apresentadas em janeiro de 2025, com as qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa das vítimas.

De acordo com o inquérito policial, Tâmara Vanessa foi morta com um disparo na cabeça, após o acusado abordar o grupo na rua. O casal que a acompanhava chegou a ser atingido, mas sobreviveu aos tiros e prestou depoimento ainda durante as investigações.

O Ministério Público ressaltou que o réu costumava escolher suas vítimas de forma aleatória, e depois tentava justificar os crimes alegando que elas tinham envolvimento com o tráfico de drogas ou prostituição — o que, segundo as investigações, não se confirmou em nenhum dos casos. Tanto Tâmara quanto o casal não possuíam qualquer vínculo com a criminalidade.

Histórico de violência

Albino dos Santos Lima ficou conhecido como o “serial killer de Maceió” por sua frieza e padrão de execução das vítimas. Ele foi preso em 2024, após uma série de investigações que ligaram seu nome a 18 homicídios cometidos principalmente na parte baixa da capital.

Este será o quinto júri popular enfrentado pelo réu, que já foi condenado em outros processos por crimes semelhantes. As sessões anteriores também chamaram atenção pela repercussão e pelo reforço na segurança nos arredores do Fórum.

Com o novo julgamento, o Ministério Público busca mais uma condenação que some às penas já impostas, reforçando o papel da Justiça no enfrentamento à criminalidade violenta em Alagoas.