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Justiça
Postada em 16/05/2017 12:35 | Atualizada em 17/05/2017 12:51 | Por Todo Segundo

Ângela Garrote diz que Helenildo Ribeiro a envolveu em homicídio

Ex-prefeita de Estrela de Alagoas nega ter encomendado assassinato; julgamento ocorre no Fórum de Maceió
Ângela Garrote diz que Helenildo Ribeiro a envolveu em homicídio - Foto: Assessoria-TJ/AL
Do Todo Segundo

A ex-prefeita de Estrela de Alagoas, Ângela Garrote responsabilizou o ex-deputado Helenildo Ribeiro, já falecido, de tê-la envolvido no crime que resultou na morte de José Roberto Rezende Duarte, ocorrido em março de 1999. A declaração foi dada durante julgamento na manhã desta terça-feira (16). Na ocasião ela negou participação na ação criminosa.

"Eu tenho certeza que essa acusação tem motivação política. É uma pena que quem fez isso comigo, que foi o deputado Helenildo Ribeiro, não está aqui para responder", afirmou. O julgamento acontece no Fórum de Maceió e é presidido pelo juiz John Silas.

A ex-prefeita revelou na presença do júri popular, que não tinha problemas de relacionamento com a vítima e nem com seus familiares. "Sempre me dei bem com a viúva e com toda a família. Inclusive, depois de tudo isso que aconteceu, cuidei da mãe dele", afirmou. Ela contou ainda que chegou a levá-la a um médico.
Ângela Garrote afirmou que só foi notificada pela polícia para prestar depoimento depois que o então deputado formalizou uma denuncia, em Brasília, quando integrava a bancada federal de Alagoas.



A ex-prefeita responde a questionamentos da Justiça e da Promotoria e o julgamento deve acontecer até as 18h.

Relembre o caso:
O crime aconteceu no povoado Canafístula, zona rural de Palmeira dos Índios. Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP/AL), a vítima foi brutalmente morta a tiros por três suspeitos que se passavam por policiais.

De acordo com a acusação, o homicídio teria sido encomendado por Ângela Garrote, na época primeira-dama de Estrela de Alagoas. Ainda segundo o MP/AL, o crime teria ocorrido porque José Roberto Duarte teria denunciado, junto aos meios de comunicação, supostas irregularidades da então prefeita e do marido dela à frente da administração pública do município.

Os advogados de defesa alegam que a ex-prefeita não teve envolvimento com o crime. Ângela Garrote foi pronunciada em maio de 2013 e será julgada por homicídio duplamente qualificado (mediante paga ou promessa de recompensa e à traição, por emboscada ou mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
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