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Polícia
Postada em 28/05/2025 17:26 | Atualizada em 29/05/2025 07:05 | Por Todo Segundo

Caso Gabriel Lincoln: PC intima equipe da UPA para avançar nas investigações

Profissionais de saúde que atenderam Gabriel o menor foram intimados a prestar depoimento
Polícia Civil intima equipe da UPA para avançar nas investigações da morte de Gabriel Lincoln - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas segue com as investigações sobre a morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, baleado durante uma ação da Polícia Militar no último dia 3 de maio, em Palmeira dos Índios. Nesta quarta-feira (28), a equipe médica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que atendeu o jovem foi oficialmente intimada a prestar depoimento.

Segundo apuração do Todo Segundo, a assistente social da UPA já foi ouvida, e os demais profissionais que estavam de plantão na data dos fatos também devem ser ouvidos nos próximos dias. As autoridades também solicitaram as imagens das câmeras de segurança da unidade de saúde, que podem ajudar a esclarecer detalhes sobre o atendimento prestado ao adolescente.

Embora os depoimentos colhidos estejam sob sigilo judicial, fontes ligadas à investigação apontam que os relatos dos profissionais da saúde poderão ser cruciais para elucidar o que ocorreu nos minutos após Gabriel ter sido baleado. As informações podem ajudar a traçar com mais precisão a cronologia e as condições em que o jovem deu entrada na UPA, contribuindo para a reconstituição dos fatos.

Além disso, foi solicitado à Polícia Civil a realização de uma reprodução simulada da ação, visando esclarecer os detalhes da abordagem policial que resultou na morte do adolescente. A expectativa é que a reconstituição ajude a confrontar as versões apresentadas e contribua para esclarecer eventuais excessos ou falhas na conduta dos agentes envolvidos.

Relembre o caso

Gabriel foi baleado na noite de sábado, 3 de maio, no bairro Vila Maria, em Palmeira dos Índios, após uma perseguição da Polícia Militar. A versão apresentada pelos policiais afirma que o adolescente estava realizando manobras perigosas com uma moto e não atendeu à ordem de parada, iniciando uma fuga.

Durante a perseguição, segundo os militares, Gabriel teria sacado um revólver calibre .38 e disparado contra a guarnição, que então reagiu. O jovem foi atingido, socorrido pelos próprios policiais e levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, mas não resistiu aos ferimentos.

No entanto, a família de Gabriel nega a versão apresentada pelos policiais. De acordo com seus familiares, Gabriel não estava armado no momento da abordagem e a reação da polícia teria sido desproporcional.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Gabriel, e uma comissão especial, composta por três delegados, foi designada para conduzir as investigações. O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público, com o objetivo de garantir a transparência e a legalidade das apurações.

Durante as investigações, a Polícia Científica realizou exame residuográfico no corpo do adolescente para verificar a presença de resíduos de pólvora, o que poderia indicar se Gabriel teria manuseado uma arma de fogo.

A arma apresentada, segundo os militares como sendo de posse do jovem, não possui registro no Sistema Nacional de Armas da Polícia Federal, o que levanta questionamentos sobre sua origem.

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