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Postada em 17/11/2025 18:10 | Atualizada em 17/11/2025 18:14 | Por Todo Segundo

PC diz que não houve legítima defesa em morte de médico em Arapiraca

Imagens de videomonitoramento foram decisivas para reconstruir o crime; Justiça decretou prisão
Polícia Civil conclui que não houve legítima defesa em morte de médico em Arapiraca - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) concluiu que não houve legítima defesa na morte do médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, de 41 anos, assassinado no último domingo (16) no Sítio Capim, zona rural de Arapiraca. A principal suspeita do crime é a ex-companheira, a médica Nadia Tamyres, de 38 anos, que está presa desde segunda-feira (17).

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) informou que o caso corre em segredo de Justiça, mas confirmou que a juíza Bruna Saback de Almeida Rosa, da 15ª Vara Criminal de Maceió, decretou a prisão preventiva da acusada após audiência de custódia realizada no Fórum da Capital.

O inquérito é conduzido pelo delegado Daniel Scaramello, da Unidade de Atendimento ao Local de Crime 1 (UALC 1), vinculada à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a Polícia Civil, a análise de imagens de videomonitoramento, aliada ao cruzamento de informações entre equipes da capital e do Agreste, foi determinante para esclarecer a dinâmica dos fatos.

De acordo com a investigação, a versão apresentada pela médica — de que teria atirado para se defender — não se sustenta.
“O vídeo mostra que ela desce do carro já armada, aponta diretamente para a vítima e, após breve discussão, efetua vários disparos, sem que houvesse qualquer sinal de ameaça iminente por parte do homem”, afirmou o delegado.

Em nota, a defesa de Nadia Tamyres declarou que a médica vivia há anos em uma situação de violência doméstica, chegando inclusive a solicitar uma medida protetiva contra Alan Carlos. Os advogados também informaram que ela havia denunciado o ex-marido por estupro de vulnerável contra a filha do casal — outro procedimento que segue sob análise das autoridades competentes.

O caso ainda está em investigação, com novas diligências e depoimentos previstos. A Polícia Civil continua reunindo elementos para concluir o inquérito, enquanto a Justiça avalia os desdobramentos processuais e as medidas cabíveis envolvendo ambas as partes.

A morte do médico segue repercutindo no estado, tanto pela gravidade do crime quanto pela complexidade das acusações que envolvem o casal.

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