Por Kleverson Levy

Não é à toa que o governador Renan Filho (PMDB) tem visitado - antes tarde do que nunca - alguns municípios alagoanos nesses últimos dias.

Prestes a concluir seu primeiro ano de mandato no Executivo, RF vai refazendo o caminho de 2014 - à época era de campanha eleitoral - para dizer que o governo de Alagoas está trabalhando.

Renan Filho esteve em Palmeira dos Índios na segunda-feira (23), e ontem, 26, foi até o município de Igaci. No início do mês, em Feira Grande, o governador realizou a assinatura de perfuração de poços artesianos para o agreste e sertão de Alagoas.

Arapiraca também já havia recebido a visita da comitiva Palaciana há algumas semanas. Em Penedo, a equipe estadual entregou várias casas para população que vive às margens do Rio São Francisco. Ou seja, uma verdadeira maratona na agenda do governador alagoano.

Por outro lado, sabemos que o próximo ano teremos disputas eleitorais das quais o governador é o maior interessado no resultado.

Para manter as alianças de 2014 é óbvio que RF terá que agradar os prefeitos e retornar aos municípios para garantir o apoio longínquo para 2018. RF tem dado atenção - principalmente - aos municípios considerados polos no Estado.

Arapiraca, Palmeira e Penedo, por exemplo, são cidades onde o eleitorado é grandioso e decisivo numa eleição majoritária.

No entanto, a cada uma visitada por RF dezenas de prefeitos acompanham o governador pelo interior. Aliás, tem até gestor que não perde a foto ao lado do filho do senador Renan Calheiros.

Isso tem demonstrado que a família Calheiros vai estreitando os laços políticos com os gestores do agreste e sertão, inclusive, os que não estiveram no seu palanque em 2014. Contudo, passado pleito - dizem os eleitos - não há mágoas a serem expressadas.

Será?

Afinal, a avaliação que se faz é pela concentração de aliados (e votos) que é grande nessas duas regiões - agreste e sertão - e pode ser tornar ainda maior.

Entretanto, o que realmente vai decidir o futuro político dos Calheiros é o pleito vindouro. Acompanhar o governador nas visitas e registrar o momento tornou-se "marketing político" - principalmente - ao gestor que precisa do governo do Estado para dar andamento aos projetos e obras na cidade que administra.

Já a pretensão de RF para 2016, em tentar eleger uma média de 80 prefeitos, é outra história. Por enquanto, acompanhar em visitas e inaugurações (e fazer um selfie) não faz mal a ninguém.

Aguardo, portanto, para ver a hora de subir no palanque quando dois aliados no município disputam o mesmo cargo: o de ser prefeito (a).

Que venha 2016!

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