O esquema de corrupção da Petrobras pode paralisar não só as obras de infraestrutura em 2015, como também atrasar os leilões de petróleo que o governo pretendia fazer no próximo ano. Segundo a edição deste domingo (23) do jornal Folha de S. Paulo, sem essa arrecadação bilionária dada como certa pelo governo da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto terá de encontrar novas saídas para fechar as contas.

O jornal também informou que apenas com o pré-sal, licitação que estava prevista para novembro, calculava-se uma receita mínima de R$ 4 bilhões. Já com a realização da 13ª rodada de leilões de áreas exploratórias de petróleo — que inclui a oferta de campos em declínio da produção, áreas novas em terra ou lotes no mar, sem inclusão do pré-sal — se pretendia arrecadar mais R$ 1 bilhão.

No entanto, o governo deu sinais de que recuará, especialmente por conta das denúncias sobre pagamento de propina no setor e o atual andamento de uma operação da PF (Polícia Federal) para apurar o envolvimento direto de funcionários do alto escalão da Petrobras, uma das principais participantes dos leilões.

Segundo o jornal, um dos indícios mais evidentes da mudança de posicionamento sobre a manutenção do leilão está na alteração da pauta do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética).    

Do R7