Por Geovan Benjoino

Atacado, o vereador Júlio Cesar reagiu semana passada afirmando que o prefeito de Palmeira dos Índios administra o município com rancor e vingança.

“Essa administração (a de Palmeira dos Índios) é a administração do rancor, do ódio e da perseguição. Quem não reza na cartilha do prefeito é perseguido sistematicamente, inclusive com ataques pessoais”, disse o ex-candidato ao Governo de Alagoas nas últimas eleições.

Júlio Cesar disse ainda que ao invés de responder aos seus questionamentos, o prefeito preferiu o atacar, chamando-o inclusive de Rolando Lero, numa referência ao personagem do programa do humorista Chico Anísio, da Tv Globo, no qual se destacava pela conversa falaciosa.

“O prefeito promoveu um show de humor. No lugar de explicar por que faltam medicamentos nos postos de saúde do município, por que o ano letivo 2015 de algumas escolas de Palmeira dos Índios ainda não começou, por que a administração valoriza o asfalto e não o ser humano, entre outras deficiências, o prefeito fez pirotecnia humorística numa rádio numa completa falta de respeito ao povo palmeirense”, ressalta Júlio Cesar.

O representante do legislativo palmeirense disse que “o prefeito só fez enroleixo” numa tentativa, segundo o vereador, de desviar o foco de suas indagações. “Fiquei muito triste porque o prefeito não respondeu minhas perguntas”, disse Júlio Cesar.

O vereador revela também que as crianças e adolescentes dos povoados Serra Bonita, Baixa da Lama, Boa Sorte, Serra das Pias e Monte Dóro estão estudando em Bom Conselho, Pernambuco, transportadas diariamente por um ônibus do referido município, porque o ano letivo 2015 da rede palmeirense de ensino não foi iniciado nas escolas dos referidos povoados nem a prefeitura de Palmeira dos Índios oferece transporte para levar os alunos até Bom Conselho.

Quanto à polêmica de ser cassado porque o PSDB local não lhe oferece espaço para ser independente, Júlio Cesar ressalta que já conversou com o ex-governador Teotônio Vilela e lhe sugeriu que o expulsasse ou o liberasse do partido, pois não é mais possível situação continuar na legenda.

“Se nenhuma dessas opções acontecer, eu renunciarei à legenda do PSDB e procurarei um partido que me conceda liberdade, autonomia e transparência”, enfatiza Júlio Cesar ao afirmar que o empecilho não é o ex-governador Teotônio Vilela, mas as lideranças do PSDB de Palmeira dos Índios enciumadas com o seu crescimento político.

“O PSDB palmeirense quer botar uma canga em Júlio Cesar porque ele despontou como a maior liderança política de Palmeira dos Índios e isso provoca ciúmes e comichão atrapalhando dessa forma os projetos políticos de oligarquias que querem continuar fazendo do município curral eleitoral”, enfatiza o estudante secundarista Josivaldo Gomes Ferro.

Júlio Cesar confessou que vai deixar o PSDB porque não tem vocação para ser “Diana nem catenga” reafirmando as críticas contra o chefe da municipalidade Xukuru-Kariri.

“O prefeito é um incompetente, ele não tem projetos, não escuta o povo e ataca pessoas”, ressalta o vereador. “O prefeito valoriza o asfalto, mas esquece do ser humano. O seu governo é o governo da mentira, da intriga e do ódio”, conclui Júlio Cesar indignado.