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Política
Postada em 28/04/2016 21:01 | Por Todo Segundo

Jurista chora e pede saída de Dilma pelas crianças do Brasil

Jurista disse que as ações do governo não serviram para conseguir manter programas sociais
Jurista chora e pede saída de Dilma pelas crianças do Brasil - Foto: Estadão Conteúdo
O jurista Miguel Reale Junior, um dos autores do pedido de impeachment, disse nesta quinta-feira (28) que Dilma é responsável pelas "pedaladas fiscais" e que ela estava por trás de todas as autorizações de créditos suplementares.

O jurista ressaltou ainda que os atos não serviram para conseguir manter programas sociais, como foi justificado pelo Governo Federal.

— Não se pode dizer que agiu em um estado de necessidade para atender programas sociais, o estado de necessidade existe quando não há outro caminho. O caminho estava em diminuir as exonerações, o tamanho do Estado e outras medidas para enxugar o gasto público.

Outro ponto comentado pelo autor do pedido foi a maneira como ele descreveu que o governo usou para cobrir as pedaladas, o que chamou de "irresponsabilidade".

— Depois foram destinados os ganhos dos royaltes do petróleo que deveriam ser destinados a educação para cobrir as pedaladas fiscais.

Logo após a fala do jurista, senadores governistas questionaram Miguel Reale dizendo que o discurso foi dele foi puramente político. LInderbergh Farias (PT-RJ) disse que o discurso do autor feriu a determinação do STF em que a denúncia tinha que ser analisada só pelas chamadas fiscais.

— O senhor falou de politica econômica, mas não se ateve aos fatos. Estamos discutindo a conduta de uma Presidente da República. E o objeto foi determinado pelo Supremo Tribunal Federal.

Miguel Reale falou por menos tempo do que os 30 minutos que tinha direito e começou seu discurso fazendo um desagravo a homenagem ao Coronel Carlos Alberto Brilhante Ulstra e disse que é lamentável que a sessão de votação da Câmara tenha aberto espaço para este tipo de comentário.

No começo da sua exposição, Miguel Reale não falou sobre as pedaladas fiscais. O jurista fez críticas a corrupção, usando exclusivamente os casos do mensalão e o petrolão como exemplo. A crise econômica também foi comentada por Reale:

— Quanto custará a esse povo o sacrifício de viver ano após ano com o desemprego que assola a sociedade brasileira?
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