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Política
Postada em 19/10/2015 10:53 | Atualizada em 19/10/2015 11:12 | Por Todo Segundo

MPE investiga denúncias de nepotismo na prefeitura de J. Gomes

Promotoria de Justiça de Porto Real do Colégio apura apropriação de bem público
MPE investiga denúncias de nepotismo na prefeitura de J. Gomes - Foto: Divulgação
Da Assessoria

A Promotoria de Justiça de Joaquim Gomes instaurou, nesta segunda-feira (19), dois inquéritos civis públicos para investigar denúncias de prática de nepotismo na contratação de servidores públicos municipais e de que o hospital público da cidade e as ambulâncias utilizadas para o transporte dos pacientes encontram-se em condições precárias. Os dois procedimentos foram publicados hoje no Diário Oficial do Estado.

Em relação à denúncia de nepotismo, o promotor de Justiça Carlos Davi Lopes investigará se gestores do Poder Executivo cometeram ato de improbidade administrativa. Para isso, foi solicitado a lista de todos os servidores da Prefeitura de Joaquim Gomes, constando o respectivo cargo ocupado e eventual parentesco com outros servidores. Caso sejam comprovada a prática ilegal, a Promotoria de Justiça deve adotar processo de responsabilização dos envolvidos.

“O Supremo Tribunal Federal veda a nomeação para cargo em comissão de qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau da autoridade nomeante, nos termos da súmula vinculante n.º 13”, considerou o representante do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL).

Para avaliar as denúncias de precariedade na estrutura da saúde pública do Município, Carlos Davi Lopes solicitou a lista dos veículos usados no transporte de pacientes, com indicação do ano e estado de conservação. O promotor de Justiça também quer saber quanto pacientes são atendidos pelo Hospital Público de Joaquim Gomes mensalmente.

Apropriação de bem público
A Promotoria de Justiça de Porto Real do Colégio também instaurou inquérito civil público hoje, mas para investigar a representação que recebeu de vereadores da cidade sobre apropriação particular de bem público.

Segundo a denúncia dos parlamentares, o Município adquiriu uma área de terra medindo 7.425 m², com o objetivo de construir um matadouro público, que chegou a ficar pronto. No entanto, após completa deterioração do imóvel, o terreno acabou incorporado a um patrimônio particular.

“As informações foram apresentadas juntamente com documentos que robustecem as alegações”, disse o promotor de Justiça Saulo Ventura Holanda. No ato de instauração do inquérito, ele requisitou informações ao Município de Porto Real do Colégio, bem como a certidão vintenária do imóvel junto ao Cartório de Registro de Imóveis.
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