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Política
Postada em 06/01/2016 18:23 | Atualizada em 06/01/2016 18:28 | Por Todo Segundo

Nepotismo em Minador não é diferente de outras cidades de Alagoas

Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE) tem trabalhado para acabar com essa prática no Estado
Nepotismo em Minador não é diferente de outras cidades de Alagoas - Foto: Reprodução Capa Extra
Por Kleverson Levy

Na semana passada, o jornal Extra denunciou Minador do Negrão como a cidade em que o nepotismo impera sob o comandado de familiares da prefeita Socorro Cardoso (PSDB).

Porém, se houver uma investigação mais profunda de promotores das Comarcas nas cidades alagoanas, é fácil constatar que na maioria delas essa prática é absolutamente normal.

Já escrevi que o "nepotismo, ou seja, o favorecimento de parentes ou amigos próximos em detrimento de pessoas mais qualificadas, geralmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos", sempre é formado por irmãos, sobrinhos, cunhados, filhos, primos, tios e demais membros das famílias.

Minador não é exceção. É mais um exemplo que no interior de Alagoas tudo pode.

Repito: certa vez me disse um gestor que o "nepotismo é praticado na maioria das cidades alagoanas. Algumas são denunciadas e outras não". Verdade!

Por outro lado, basta uma fiscalização maior dos órgãos responsáveis para constatar.

O Ministério Público Estadual (MPE), através das Promotorias nos municípios, tem trabalhado na medida do possível para acabar com o famigerado parentesco praticado pelos gestores em nosso Estado.

É público que boa parte dos cargos comissionados existentes nas prefeituras ainda servem como cabides de emprego às famílias. Mesmo em tempos de crise, os parentes são os únicos que não perdem salário/trabalho já que o gestor "confia cegamente" neles.

Porém, é necessário que cidadãos (os munícipes) também tomem coragem em delatar o que acontece nos Executivos municipais.

Afinal, o nepotismo vai existir normalmente nas eleições municipais deste ano. Quer sim ou quer não, vale lembrar, que é prefeito saindo para tentar deixar a cadeira para o sobrinho, tio, primo, cunhado, concunhado...

O nepotismo, portanto, estar enraizado na maioria dos municípios alagoanos.

Fico apenas com um questionamento: Quando deixará de existir?

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