Por Deraldo Francisco

Acredito que o vereador-presidente da Câmara de Palmeira dos Índios, Júnior Miranda, não esperava pelo efeito desastroso da Portaria 002/2017, que ficou conhecida como a “Portaria da Discórdia”. Em linhas gerais, a decisão “PROÍBE” o acesso de profissionais de imprensa ao plenário nas sessões ordinárias. Ou seja, nas sessões solenes, quando houver oba-oba, rasgação de seda na tribuna e desfile de falsidades, a imprensa terá acesso. Nos trabalhos sérios, nem pensar. Se quiser, acompanhem tudo do lado de fora. Nem imagens.

Pois bem, o assunto caiu como uma bomba na imprensa local. Profissionais de rádios, sites, jornais, blogs, todos ficaram de cara feia para o lado da Câmara. Alguns vereadores ainda tentaram um arremedo, dizendo que “houve erro de digitação” na portaria. Não serviu. A imprensa está arredia ao presidente. E, ao contrário do que se pensa, não é para pressionar relações comerciais, parcerias às escuras, nem benefícios individuais. O interesse é coletivo.

E por falar em coletivo, Júnior Miranda marcou para esta quarta-feira, a partir das 8h, uma coletiva de imprensa no Salão Nobre da Câmara. Ele pretende explicar os termos da Portaria 002/2017. Um pouco tarde, presidente!

Pelo andar da carruagem e pelo nível de satisfação da imprensa local com o presidente da Mesa, será uma coletiva com cara de exclusiva. Isso porque, até agora há pouco, apenas um veículo de comunicação tinha confirmado presença na coletiva.

Uns chamam de boicote, outros chamam de protesto silencioso. Eu prefiro chamar de um pedido de respeito. Aliás, respeito é bom e todo mundo gosta.