A aprovação da PEC da Blindagem pela Câmara dos Deputados, em dois turnos, colocou os representantes de Alagoas no centro de um debate nacional sobre privilégios políticos e combate à impunidade. A proposta, que recebeu 344 votos favoráveis e 133 contrários no segundo turno, restringe a abertura de processos criminais e a prisão de deputados e senadores, exigindo aval do Legislativo em até 90 dias.

Como votaram os alagoanos

A bancada de Alagoas ficou dividida:

• A favor da PEC: Isnaldo Bulhões Jr (MDB), Arthur Lira (PP), Delegado Fábio Costa (PP), Luciano Amaral (PSD), Marx Beltrão (PP) e Rafael Brito (MDB).

• Contra a PEC: Daniel Barbosa (PP) e Paulão (PT).

• Não votou: Alfredo Gaspar (União).

A posição da maioria, favorável ao texto, reforça a influência de Arthur Lira (PP), presidente da Câmara, que atuou nos bastidores para garantir a aprovação.

Repercussão em Alagoas

O resultado provoca debate também no estado. Para críticos, a postura da bancada alagoana mostra um alinhamento com medidas que podem aumentar a sensação de impunidade e fragilizar a confiança da população nas instituições.

Já os parlamentares que se opuseram defendem que a decisão deveria ter sido pautada pelo compromisso com a sociedade, e não pela autoproteção do Legislativo.

O que vem pela frente

A PEC segue agora para o Senado, onde enfrentará forte pressão de setores da sociedade civil, do Judiciário e de especialistas em direito. Em Alagoas, o voto dos deputados deve ser explorado no debate político local, especialmente com a aproximação das eleições de 2026.