Por Kleverson Levy

Não diria que foi uma rasteira política, ressalte-se, mas uma jogada de mestre do prefeito James Ribeiro (ex-PSDB) em que se articulou para manter vivo seu futuro projeto político.

Ele – o prefeito - continua sendo o "coringa" para eleição de outubro.

Ao decidir que a médica e secretária Municipal de Planejamento, Verônica Medeiros (agora PMDB), é o nome do grupo na disputa pela prefeitura palmeirense - com os apoios do senador Renan Calheiros e o governador Renan Filho, Ribeiro confirmou o que o blog já comentava.

Este jornalista havia "batido" na tecla de que os dois – Renans (pai e filho) – decidiriam o nome do sucessor do prefeito (agora) peemedebista.

Publiquei, inclusive, na minha coluna Diário da Região, no jornal O Dia Palmeira, à época, que o governador não fez uma visita ao município apenas em missão oficial como chefe de Estado. RF foi também tentar apaziguar o grupo político de Ribeiro que continuava dividido para eleição de outubro deste ano.

E conseguiu!

O governador - todos veem - tem enorme interesse no pleito das terras de xucurus-cariris e sabe que o "dono" da cadeira de Ribeiro, a partir de 2017, teria que ser um fiel aliado da família Calheiros.

Portanto, o que aconteceu de lá para cá em Palmeira?  Com pesquisas nas mãos, Renan Filho e Renan Pai disseram ao prefeito qual nome favorável aos grupos (Ribeiro e Calheiros) na sucessão municipal.

Com a escolha de Verônica Medeiros, agora oficial pré-candidata do PMDB, os Renans deram um basta na questão "sucessão" do prefeito.

Será?

Porém, quem mais levou rasteira foi presidente da sigla na cidade e secretário de Articulação, Antônio Fonseca (ainda no PMDB?), que sonhava em ser o "cabeça de chapa" e foi levado na conversa Calheirista.

Rodrigo Gaia, ex-secretário municipal de Infraestrutura e quase pré-candidato do grupo, é outra história que precisa ser contada.

Entretanto, no vai vem das articulações de bastidores e rasteiras, a dúvida que paira é se os mesmos nomes permanecerão até o fim do pleito (ou  até as convenções).

Com tantas idas e vindas, a disputa pela prefeitura ainda poderá ter grandes surpresas lá em meados de julho.

Afinal, quem acredita que em política tudo está (a)-palavrado [fechado]?  

Eu não!

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