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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 22/07/2021 08:30 | Atualizada em 22/07/2021 08:33

LIBERTADORES: Torcida não ganha jogo, mas ajuda que é uma beleza. E o Flamengo sabe disso

Em jogo Estádio Mané Garrincha, com público, Flamengo goleia o Defensa y Justicia por 4 a 1 de forma imponente e consegue classificação para às quartas de final da Taça Libertadores. A pergunta que fica é: só o rubro-negro terá este "artifício"?
Jogadores do Flamengo comemoram um dos gols da goleada diante do Defensa y Justicia. - Foto: Globo Esporte

Uma frase é bem corriqueira no futebol: "torcida não ganha jogo". Eu até concordo. Embora sei que influencia.

O Flamengo venceu e muito bem o Defensa y Justicia, no jogo de volta das oitavas de final da Taça Libertadores. Um sonoro 4 a 1 de quem parece ter entrado no compasso e nos trilhos mais uma vez.

A partida teve 5.518 pessoas presentes sob uma série de regras impostas pelo protocolo sanitário elaborado pelo Flamengo. Foi assim que o clube conseguiu convencer o Governo do Distrito Federal (GDF) para a liberação de um percentual da capacidade do Estádio Mané Garrincha.

Vale lembrar que na semana passada o governo do DF autorizou a volta do público aos jogos de futebol. Entre as restrições para acompanhar as partidas, estão a obrigatoriedade da apresentação do cartão de vacinação com as duas dosas da vacina para Covid-19 (ou uma dose, em caso de vacina de dose única) ou um teste PCR com resultado negativo.

Nos arredores do estádio, antes do jogo, não houve tanto tumulto para a entrada de torcedores. Alguns pontos tiveram princípio de aglomeração, mas foram devidamente controlados. Na parte interna à exceção de dois pontos na arquibancada, o distanciamento foi respeitado.

Mas voltemos ao nosso assunto principal: a interferência da torcida no jogo.

Ontem, depois 491 dias sem este familiar aspecto, pudemos perceber o quanto interfere - mesmo com um número amplamente reduzido. A atmosfera muda, sobretudo para o que time a tem a seu favor. Ela empurra, conduz, apoia. Torna-se termômetro para os jogadores, justamente pela energia que emana de fora para dentro. Naquilo que é transformado em entrega e luta - de dentro para fora.

Em outro aspecto - para o adversário - vira pressão. Mexe com a parte mental e a concentração. Semelhante ao que acontece quando os "gritos" são destinados à arbitragem.

Portanto, quem disser que não interfere, está no mínimo equivocado - porque ajuda de forma direta e indireta. Ou prefere não admitir para não ferir, talvez, um possível clubismo exacerbado.

Os questionamentos que ficam são vários: só o Flamengo vai usufruir de tal artifício? Por que pode para um e para os outros não? É justo?

Continuo com minha opinião de não concordar com torcida, ainda, nos estádios. Por tudo o que já foi dito, entre fatores do não controle definitivo da pandemia. O momento não é para isso. No entanto, sei também que o Flamengo não tem culpa nenhuma nisso. Pois está se valendo de uma prerrogativa que não descumpre nenhuma norma. Embora fique aquela questão de "só ele pode?".

O fato é: torcida ajuda. Muito! E é justamente por ter a maior do país, o rubro-negro não quer abrir mão de tais "benefícios". Por saber que é um ator extremamente relevante.

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