E o resultado pouco importou.

O ASA perdeu o amistoso preparatório para o CSA por 1 a 0 com gol sofrido no minuto inicial de jogo. No entanto, mesmo com o placar adverso, o time alvinegro perfumou melhor que o rival da capital - especialmente no primeiro tempo.

Ranielle Ribeiro montou o time num 4-3-3 bem definido com Vinicius Taquini; Paulinho, Zulu, Cristian Lucca e Charles; Sousa Tibiri, Fabrício Bigode e Sammuel; Carlos Henrique, Keliton e Júnior Viçosa.

Após o gol sofrido por falta de atenção em uma bola parada, o ASA conseguiu equilibrar as ações e segurar o ímpeto do CSA no início da partida. O time azulino conseguiu manter a alta intensidade e a imposição até os 15 primeiros minutos. Depois tornou-se um time previsível por conta da pouca movimentação na fase ofensiva.

A ideia de ter um ponta que ataca a profundidade se mostrou eficaz em vários momentos. Carlos Henrique gerava amplitude e fazia o movimento para atacar a linha defensiva azulina. O que propiciava espaços no corredor esquerdo para as participações do lateral-esquerdo Charles.

Outras ações interessantes na fase ofensiva, foram a movimentações do trio de meio-campo. Sammuel, como armador, descia até a intermediária para participar das construções das jogadas, enquanto Fabrício Bigode preenchia os espaços gerados pelo meia, infiltrando na segunda linha do CSA e Sousa Tibiri fazia o jogo de sustentação para participar da bola reiniciada.

Dessa maneira, o ASA conseguiu criar boas situações através do jogo apoiado, aproximações e inversões de jogadas.

Em contrapartida, e naturalmente, alguns ajustes posicionais terão que ser feitos. Especialmente no momento sem a bola. Por vezes o time ficou espaçado, o que gerava espaços entre setores, cedendo assim espaços nos corredores para que o CSA pudesse sair em velocidade.

Algumas recomposições também foram de certa forma desorganizadas. Mas nada fora do normal de início de pré-temporada e de um jogo preparatório.

Fazendo apenas o recorte do jogo, sobretudo do primeiro tempo, uma vez que a segunda etapa o time todo mudou, baixando assim o nível e o ritmo da partida, deu para perceber movimentos coordenados, jogadas bem encaixadas através destas movimentações. E este fator, é fruto de treino.

Por isso, é ilógico, incoerente e sem nexo exigir um alto grau de entrosamento ou um nível elevado seja técnico ou tático em apenas um jogo. Pelo simples fato dos jogadores ainda estarem em fase de preparação.

O resultado pouco importou, como já dito. Mas a partida serviu para mostrar evolução performática da equipe. Mesmo entendendo, o que é normal e evidente, que há muito para melhorar, ajustar e corrigir.

Mas num todo, a atividade foi extremamente proveitosa.