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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 08/09/2020 08:33 | Atualizada em 08/09/2020 08:52

FUTEBOL: Já que a pandemia 'acabou' no Brasil, hora das torcidas voltarem aos estádios

Em um feriadão movimentado, brasileiros lotam praias, bares e promovem todos os tipos de aglomerações.
Maracanã vazio e foto tirada no último fim de semana, em uma das praias brasileiras.

  Dizem que o brasileiro precisa ser estudado - concordo plenamente. No mais puro sentido e significado da frase.

Vivemos num país onde 1.000 pessoas morrem (e contando...) diariamente por conta do novo coronavírus; com mais de mais de 125.000 mortes (e contando...). E mesmo assim, impressionantemente, conseguimos naturalizar a morte. Como se tudo estivesse bem - e percebam que está muito longe disso acontecer. Muito.

Direcionando, antes de tudo, o assunto para o futebol, vemos contradições acontecendo - como num todo. Principalmente se partimos para a atual situação.

Segundo informações, a CBF estuda liberar a presença de público nos jogos, principalmente dos principais campeonatos, a partir de dezembro. No entanto, de início, sem a total capacidade dos estádios e arenas.

Entretanto, vendo o recente cenário do país, principalmente por parte população, que diferença faria? Agora ou em dezembro. Se partimos para todas e quaisquer retóricas, não há um motivo para que a liberação não aconteça. A não ser que entidades e autoridades interfiram. Mas como em outros setores fizeram vista grossa, há uma esperança.

Até porque está nítido qual a preocupação diante de uma pandemia - nenhuma. Protocolos, medidas de segurança ou regras não são suficientes. Especialmente vendo as atitudes recentes. Ou seja, 'chutaram o pau da barraca'. Com toda consciência e inconsequência possíveis.

Por exemplo: a tese é de que pessoas precisam sair para trabalhar, que a economia necessita andar etc - mas sabemos que não é basicamente isso. Principalmente quando de forma estúpida e baixa, transferem sua irresponsabilidade com a premissa de que pessoas se aglomeram diariamente - os trabalhadores.

Uma comparação entre a necessidade e a sobrevivência, vinda do egocentrismo e o egoísmo. Uma analogia de quem está de 'saco cheio' para com os que precisam se arriscar. Pois não tiveram ou tem escolha. Algo que podemos caracterizar, se entendermos que sim, como hipocrisia - mas só se quisermos.

Portanto, partindo pela 'lógica' adotada por vários, não teria motivo para os estádios continuarem vazios. Uma vez que, além do entretenimento, uma partida de futebol movimenta a tão falada economia. Auxiliando nas rendas dos clubes, colaboradores e gerando empregos ativos de forma direta e indireta.

Ou seja, qualquer justificativa de que não há segurança ou que é perigoso ou que há alto risco de disseminação etc, diverge com o pensamento e comportamento adotado ultimamente - seria cômico se não fosse trágico. Ou apenas trágico.

Porém, mesmo assim sabemos como tudo funciona. Vão procurar um Jesus para a cruz e um bode expiatório. Com todos e vários argumentos vazios e sem sentido de sempre. As velhas e não boas "desculpas oficiais". Tudo para mascarar o individualismo que já está escancarado.

E, realmente. O brasileiro precisa ser estudado.

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