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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 13/08/2020 09:00 | Atualizada em 13/08/2020 09:08

FUTEBOL: Não gostar de Neymar é o mesmo que não gostar do futebol

Atacante brasileiro, do PSG, foi decisivo na classificação do time francês, na Liga dos Campeões da Europa.

  Moicano na régua, "juliet" na fita e batidão estrondando. Dizem que quando isso acontece... Esquece!

Tal mística vem se transformando em, praticamente, afirmação. Já foi assim no Paulistão, Libertadores, Olimpíadas, Eliminatórias da Copa do Mundo, Liga dos Campeões da UEFA.

Mas não nos peguemos em superstição. Vai além de tudo o que se chama de sorte, acaso ou casualidade. Muito mais que isso. Podemos denominar de outras várias formas. Particularmente, chamo de essência.

Eu, como todos os outros, posso criticar Neymar. Sim, podemos. Ter um pensamento, que é muito mais julgamento, sobre o que ele faz fora de campo. Neste critério há pontos que se pode tentar argumentar - mesmo que por vezes de forma equivocada ou por pura inveja. E só.

Geralmente, ou sempre, o "não gostar" não vem de uma análise futebolística. Porque se partir para a bola, não há contestamento algum. Por isso, repito: você pode julgar e não aprovar o Neymar fora da "bagaça", lá dentro não. Fora, o ar crítico transparece ser muito mais dor de cotovelo - notoriamente.

Típico, por exemplo, do 'complexo de vira-latas' citado pelo Mestre Armando Nogueira. Onde o que vem e é de fora é muito melhor. Mais grandioso ou valioso. Retrato de alguns e vários.

Ele é e tem tudo o que o futebol brasileiro tem de mais genuíno. Habilidade, personalidade, improviso. É capaz de chamar o jogo para si e 'colocar a bola embaixo do braço'. Tem a capacidade de mudar a história de um jogo em questão de instantes. Além de não se esconder quando o 'sapato aperta' - tipo impipocável.                                          

Há liderança técnica e, hoje, tática. Há aquela malandragem brasileira peculiar. Do drible desconsertante, da arte, de achar espaço onde parecia não haver, do passe milimétrico, da catimba necessária que por vezes, até, se faz desnecessária.

Neymar é a contradição perfeita dos saudosistas que amam o antigo futebol brasileiro. Daqueles que ao citar o passado, sem querer, recitam tudo o que ele mostra e faz. Num breve resumo: Essência.

Gostar ou não gostar é opção, lógico. Julgar também (mesmo sem conhecer a pessoa) - outra ato contraditório. Mas para quem diz amar o futebol, em todos os aspectos de sua magia e plástica, não apreciar o que Neymar faz em campo é incompatível com qualquer sinônimo de paixão. Um paradoxo - podemos assim denominar.

Por fim, sim. Não gostar de Neymar é o mesmo que não gostar do futebol.

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