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André Avlis

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Radialista, Cronista e Comentarista Esportivo!
Postada em 22/11/2019 08:15 | Atualizada em 22/11/2019 12:25

LIBERTADORES: Quem será o mais novo dono da América?

Flamengo e River se enfrentam em final de jogo único, neste sábado (23), no Estádio Monumental de Lima, às 17h (horário de Brasília).

Como os líderes da independências da América do Sul, Flamengo e River se enfrentam em uma guerra de uma batalha só.

A competição que é realizada desde 1960, tem pela primeira vez uma final de jogo único. Regulamento modificado pela CONMEBOL no ano passado.

Uma das partidas mais esperadas dos últimos anos. Por vários fatores. O futebol magnífico desempenhado pelo Rubro-Negro, a solidez do poder em decisões dos Millionários e a atmosfera criada por ser uma decisão em apenas uma partida. É sim um jogo decisivo, porém, não é um clássico (pelo menos para mim).

Antes da análise, principalmente do time argentino, mostrarei alguns números, dados e campanhas na competição.

Em toda a história os dois se enfrentaram, em jogos oficiais, 12 vezes (por isso não é clássico). Foram 5 vitórias do River, 4 do Flamengo e 3 empates. O primeiro aconteceu em 1982 pela Libertadores. São 5 títulos em campo: 4 do River Plate (1986, 1996, 2015 e 2018); 1 do Flamengo (1981).

Os dois sem enfrentaram pela última vez ano passado. Foram dois jogos e dois empates. Um 0x0 na Argentina e um 2x2 no Brasil.

As campanhas: O Flamengo foi o primeiro do grupo D, onde também estavam Peñarol, LDU e San José-BOL. Foram 10 pontos conquistados nas 6 partidas; com 3 vitórias, 2 derrotas e 1 empate. Enfrentou o Emelec nas Oitavas, Internacional nas Quartas e o Grêmio nas Semifinais. Ao todo, fez 22 gols e sofreu 9.

Já o River, foi o segundo colocado do grupo A, onde também estavam Internacional, Palestino e Alianza Lima. Foram 10 pontos conquistados nas 6 partidas; com 2 vitórias e 4 empates. Nas Oitavas enfrentou o Cruzeiro, nas Quartas o Cerro Porteño e nas Semifinais, seu arquirrival, Boca. Ao todo, fez 15 gols e sofreu 7.

Números, dados e históricos mostrados, agora vamos ao que interessa: O jogo!

O Flamengo de Jorge Jesus, é sem sombra de dúvidas o melhor time em atividade no Brasil. Inclusive, o melhor time que vi jogar nesses últimos anos. A escalação deve e certamente será a de força máxima. Assim sendo, tudo o que já citei sobre o Flamengo estará em campo. E não é clichê. É a realidade. Não mudando suas características e sim a estratégia, será o mesmo time agressivo, organizado, com personalidade e um potencial individual, que lhe é peculiar, que poucos têm. O Mengão nós conhecemos de perto.

Agora, vamos ao River Plate de Marcelo Gallardo. Que também não deve mudar seu time e deve mandar a campo: Armani, Montiel, Pinola, Martinez e Casco; Perez, Palácios, Fernandez e De la Cruz; Suarez e Borré.

Nos últimos dias analisei alguns jogos do time argentino. Principalmente os que necessitou de alta concentração dos jogadores. Ou seja, as partidas decisivas e principalmente de Libertadores.

Percebi que é um time que tem como características principais: a posse de bola inteligente, variações táticas, um contra-ataque rápido, troca de posições ofensivas, saída com velocidade e triangulações rápidas, alinhadas aos passes curtos. Outro ponto importante é o pode de se adequar aos determinados momentos dos jogos. São jogadores que cumprem a risca o que seu treinador pede.

Sem esquecer da marcação pressão assim que a bola é perdida no campo de ataque (a chamada blitz dos 9 segundos). Um dos trunfos de Gallardo.

Ora utilizam um 4-4-2, depois mudam para um 4-2-3-1 ou 4-1-4-1; em vários momentos trocam para um 5-3-2 ou um 3-5-3; e até um 3-4-3.

Isso faz com que as transições aconteçam. A principal é a descida de Enzo Perez para o início da jogada, fazendo seus laterais e pontas ficarem espetados (bem abertos), alargando assim o campo. Nessa situação a linha de meias baixa de forma compacta para a armação da jogada.

Na defesa, costumam fazer duas linhas de 4 e na maioria das vezes um losango no meio-campo. Na variação para três zagueiros, como normalmente, fazem a sobra e povoam o meio.

Agora, vamos para o que o torcedor flamenguista quer saber. O que eu percebi de pontos fracos e vulnerabilidade.

Como jogam na maioria das vezes com as linhas altas, dão sempre espaços para o contra-ataque. Com isso, alguns espaços entre as linhas de meio e defesa aparecem. E mais dois fatores. Como tem um lado esquerdo forte, costume "pender" para ele, consequentemente ficando com uma recomposição lenta pelo setor.

Enfim, fim. Um pouco cansativo né? Mas necessário e importante. Que mudem as estratégias e não as características.

Que vença quem estiver melhor preparado.

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