O ASA enfrentou um ano complicado, de transição. Faltou grana, sobrou vontade. Mesmo com a situação financeira instável, foi protagonista nas competições que participou e teve como ponto negativo as eliminações em três mata-matas.

Ao todo, foram 45 partidas disputadas entre Campeonato Alagoano, Copa do Brasil e Série C. Número dividido em 22 vitórias, 16 empates e apenas sete derrotas. O aproveitamento na temporada foi de 60,7%. Além disso, os sistemas ofensivo e defensivo trabalharam bem, marcando 59 e sofrendo 38 gols. Porém, o bom desempenho não foi sinônimo de sucesso para o ASA. Quatro das seis derrotas foram em momentos em que o grupo não podia vacilar, culminando em eliminações no estadual e Série C.

O início de temporada foi o melhor possível. Sem perder, o ASA conquistou o título da Copa Alagoas e garantiu vaga na Copa do Brasil de 2016. No segundo turno, quando o campeonato passou a valer o título alagoano e as vagas para o Nordestão, o Alvinegro manteve a boa fase, mas parou nas semifinais contra o CRB. Após a primeira derrota do ano para o rival, por 2 a 0, o Fantasma não reverteu o prejuízo e venceu em Arapiraca apenas por 2 a 1, resultado favorável ao Galo. Em números, juntando os dois turnos, o clube somou 11 vitórias, oito empates e uma derrota, marcando 28 gols e sendo vazado 12 vezes.

Os problemas financeiros ganharam mais força após o fim do estadual. Na Copa do Brasil, a diretoria precisou vender o mando de campo do jogo de volta da terceira fase contra o Palmeiras por R$ 400 mil. O duelo saiu do Estádio Coaracy da Mata Fonseca para o Estádio do Café, em Londrina. Mas, antes o ASA tinha passado pelo São Raimundo, e com dois empates eliminou o Vitória. A queda veio diante do Palmeiras, no jogo de volta. Após empate sem gols na Arena Palestra, o atacante Gabriel Jesus decretou a vitória palmeirense por 1 a 0 no Paraná. Era a segunda eliminação no ano. Em números, fechou a campanha com uma vitória, três empates e uma derrota no torneio.

A expectativa era de sucesso na Série C. O retorno à Segunda Divisão colocaria o ASA novamente em evidência no cenário nacional e traria alívio aos cofres. Após a boa campanha na fase de grupos com 10 vitórias, cinco empates e três derrotas, ninguém imaginaria que o Alvinegro caísse com tanta facilidade para o Tupi, inclusive, sendo eliminado em casa após 446 dias sem derrota no Estádio Coaracy da Mata Fonseca.

Para 2016, a diretoria do Fantasma promete ser mais cuidadosa com o planejamento. O presidente Bruno Euclides diz ter aprendido com os erros.

- Vamos buscar tranquilidade para conduzir as coisas da melhor forma possível. Vamos esfriar a cabeça, pensar em 2016 - declarou o dirigente, após a eliminação para o Tupi.

O ASA tem presença garantida no Campeonato Alagoano, Copa do Brasil e Série C de 2016, e pretende montar uma base que não ultrapasse R$ 200 mil, mas antes, precisa cumprir as exigências do Profut. A Federação Alagoana de Futebol fez o alerta e os clubes alagoanos têm até 18 de novembro para apresentar certidões negativas de dívidas com a União. Até o momento, o ASA não está entre os times que têm a documentação necessária em dia.

Do Globo Esporte AL