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Polícia
Postada em 17/11/2025 23:35 | Atualizada em 18/11/2025 00:07 | Por Todo Segundo

Câmeras mostram médica tomando posição para atirar no ex-marido

Imagens mostram Nádia se aproximando armada e reforçam linha de execução do médico
Câmeras mostram médica se aproximando armada e reforçam linha de execução de Alan Carlos - Foto: Reprodução

Imagens de câmeras de segurança, obtidas em vias próximas ao local do crime, ajudaram a Polícia Civil de Alagoas a reconstruir os instantes que antecederam a morte do médico Alan Carlos de Lima Cavalcante, assassinado na tarde de domingo (16), no Sítio Capim, zona rural de Arapiraca. (Vídeo abaixo).

De acordo com o delegado Daniel Scaramello, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as filmagens mostram que a suspeita, a médica Nádia Tamyres, desceu do veículo já com a arma em punho, apontando-a em direção ao ex-marido. As imagens reforçam a linha investigativa de que Alan Carlos foi surpreendido dentro do carro no momento em que os disparos foram efetuados.

A Justiça decidiu manter Nádia Tamyres presa. A determinação ocorreu durante audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (17), no Fórum Jairon Maia Fernandes, em Maceió.

A juíza Bruna Saback, da 15ª Vara Criminal, converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva, e a médica foi encaminhada ao Presídio Feminino Santa Luzia.
Nádia havia sido detida ainda no domingo, horas após o crime, em Maceió — onde também estava com a arma usada na ação.

Durante a audiência, a defesa de Nádia afirmou que ela agiu para proteger a própria vida e a da filha do casal. Os advogados disseram que a médica acreditava estar diante de uma emboscada e que já utilizava arma com porte regularizado como “medida de autoproteção”, por medo de possíveis ameaças.

Ainda segundo a defesa, o episódio tem origem em um contexto que se estenderia há cerca de um ano e meio, quando Nádia denunciou Alan Carlos por suposto abuso de vulnerável contra a filha deles. Ela relatou ter vivido 22 anos com o ex-marido e disse à Justiça que buscou a polícia após notar comportamentos que interpretou como pedidos de ajuda da criança.

Funcionárias da residência e profissionais da escola também teriam observado atitudes incomuns da menina, segundo o depoimento da suspeita.

A Polícia Civil informou que todas as linhas de investigação estão sendo analisadas. O inquérito deve reunir provas, depoimentos de testemunhas e confronto entre versões, incluindo a análise completa das imagens de segurança que registraram momentos anteriores ao crime.

Ainda não há prazo para a conclusão do procedimento.

O caso causa grande comoção no Agreste e em todo o estado. Alan Carlos e Nádia eram profissionais conhecidos na área da saúde, e o histórico de denúncias, aliado à dinâmica revelada pelas imagens, intensificou o impacto da tragédia.

A investigação segue sob responsabilidade da DHPP.

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