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Polícia
Postada em 05/12/2025 22:34 | Atualizada em 05/12/2025 22:36 | Por Todo Segundo

Grupo que lavou R$ 100 milhões em dois anos é alvo de operação em AL e SP

Presos vão responder por lavagem de dinheiro, tráfico, peculato e outros crimes graves
Polícia Civil apreende bens de luxo em investigação que rastreou R$ 100 milhões do crime - Foto: Assessoria - PC/AL

A Polícia Civil de Alagoas deflagrou, nesta sexta-feira (5), a Operação Tenebris Tuning, ação que mira uma organização criminosa especializada em lavar grandes quantias de dinheiro e que, segundo as investigações, movimentou mais de R$ 100 milhões em dois anos. A ofensiva resultou na prisão de 12 pessoas, em cidades de Alagoas e também no estado de São Paulo, além da apreensão de um vasto conjunto de bens e materiais ligados ao grupo.

A operação é um desdobramento da Lavagem Paulista, deflagrada em setembro deste ano, e avança na identificação de integrantes que utilizavam contas bancárias pessoais e empresas de fachada para ocultar recursos ilícitos oriundos do tráfico de drogas e de outras práticas criminosas.

Durante a ação, foram recolhidos diversos itens de alto valor econômico, que reforçam o nível de estrutura e de poder financeiro do grupo investigado:

  • 1 jet ski
  • 7 carros
  • 1 motocicleta
  • Dinheiro em espécie
  • Maconha e rohypnol
  • Balanças de precisão
  • Anabolizantes
  • Espingarda e munições
  • Celulares, notebooks, CPUs e tablets
  • 16 maquinetas de cartão
  • 1 drone

O arsenal e os equipamentos demonstram a diversidade de atividades ilícitas do grupo, desde a movimentação financeira clandestina até o suporte tecnológico e logístico para o tráfico e transações irregulares.

Renda incompatível e movimentação milionária

O delegado Thales Araújo, que coordena as investigações, destacou que muitos dos envolvidos declaravam rendas extremamente inferiores aos valores movimentados em suas contas.

Segundo ele, há investigados que declararam renda de apenas R$ 2 mil, mas chegaram a movimentar R$ 600 mil em um único mês. “São pessoas que não têm atividades lícitas compatíveis com a renda movimentada em suas contas bancárias. É uma organização que movimentou mais de R$ 100 milhões em pouco mais de dois anos analisados”, afirmou Thales.

O delegado explica ainda que alguns dos integrantes funcionam como verdadeiros facilitadores dentro da estrutura criminal. “Eles são o oxigênio do crime. Possibilitam que o criminoso receba o dinheiro e o transforme em patrimônio aparentemente lícito”, complementou.

Com base no material apreendido e nas informações levantadas, os investigados deverão responder por uma série de crimes, incluindo:

  • Lavagem de dinheiro
  • Corrupção passiva
  • Adulteração de veículos
  • Peculato
  • Organização criminosa
  • Tráfico de drogas

As autoridades seguem com a análise dos documentos, aparelhos eletrônicos e movimentações financeiras para identificar possíveis novos envolvidos e ampliar o mapeamento do fluxo de recursos gerados pelo esquema.

A Polícia Civil ressalta que novas fases da operação podem ser deflagradas conforme avançam as investigações.

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