Em pronunciamento inédito em cadeia de rádio e TV nesta sexta-feira (17), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que nunca os deputados trabalharam tanto como no último semestre. Ele assumiu o camando da Câmara em fevereiro.

O discurso pré-gravado foi produzido com a ajuda de Paulo de Tarso, marqueteiro que atuou na campanha de Aécio Neves (PSDB-MG) no ano passado. Ele acontece em meio ao ápice da crise no relacionamento político de Cunha com o governo Dilma. Nesta sexta (17), ele anunciou o rompimento com o Palácio do Planalto.

Durante cinco minutos, Cunha elencou medidas e projetos aprovados e votados que, segundo ele, responderam aos desejos da população brasileira. Citou a redução da Maioridade Penal, a transformação do assassinato de policiais em crime hediondo, a mudança da correção dos depósitos do FGTS em benefício do trabalhador, o fim do Fator Previdencíario e a redução do custo das dívidas do municípios, dentre outros projetos.

O presidente da Câmara também comemorou a votação da minirreforma política como a adoção do voto impresso que, conforme ele, dará mais segurança e transparência às eleições. O deputado citou a aprovação da proposta de emenda à Constituição que amplia a idade limite para a aposentadoria dos servidores públicos federais, como os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

O pronunciamento de Cunha acontece no ápice da crise do relacionamento dele com o governo com quem rompeu oficialmente na manhã desta sexta (17). Além disso, Cunha passou a retaliar o governo ao criar a CPI do BNDES contrária aos interesses do Planalto.

Do R7