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Brasil
Postada em 15/04/2015 15:26 | Por Todo Segundo

Aécio diz PT é retrato de um partido que desistiu de um projeto de País

Para presidente do PSDB, PT cometeu "sucessivos crimes" para se manter no governo
Aécio diz PT é retrato de um partido que desistiu de um projeto de País - Foto: Divulgação

Reuters

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta quarta-feira (15) que a prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, pela PF (Polícia Federal) é o "triste retrato" de um partido que, na avaliação do tucano, desistiu de um projeto de País para se manter no poder "a qualquer custo".

Aécio, derrotado pela presidente Dilma Rousseff na eleição presidencial do ano passado, a mais acirrada desde a redemocratização, afirmou ainda que o PT cometeu "sucessivos crimes" para se manter no governo federal e que foi por alguns desses crimes que o tesoureiro foi preso.

— O Brasil passa a ser protagonista de uma cena para mim absolutamente inédita na nossa história. O tesoureiro, o responsável pelas finanças do partido que governa o Brasil, hoje está preso, e com sucessivas acusações, e acusações extremamente graves. [...] Eu acho que esse é o mais triste retrato de um partido político que abdicou de um projeto de país para se manter a qualquer custo no poder, cometeu crimes sucessivos, como esses que hoje levam o seu tesoureiro, o responsável por suas finanças, a estar preso.

Vaccari foi preso em São Paulo na manhã desta quarta e será levado nesta tarde à sede da PFl em Curitiba, onde estão detidos os presos pela Lava Jato, que investiga um esquema de corrupção na Petrobras envolvendo funcionários da estatal, empreiteiras, políticos e partidos.

Ele já é réu na Justiça Federal do Paraná, onde estão concentrados os processos da Lava Jato, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. De acordo com o MPF (Ministério Público Federal), Vaccari recebeu recursos oriundos de propina como doações para o PT. Para o MPF, o tesoureiro sabia da origem ilegal dos recursos. Vaccari e o PT negam as acusações.

Aécio chegou a ter seu nome citado na Lava Jato, mas o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, considerou que não havia elementos para pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que o tucano fosse investigado.

Afilhado político de Aécio e sucessor do tucano no governo de Minas Gerais, o agora também senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), no entanto, teve processo de investigação aberto no Supremo a pedido de Janot por também ter sido citado durante as investigações.
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