Um dia após o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defender a Reforma da Previdência para a bancada do PSB na Câmara, a direção do partido divulgou uma nota dizendo que não aceita a proposta como ela está.

— O PSB (Partido Socialista Brasileiro) não aceita o caráter da Reforma da Previdência social tal como foi apresentada, por limitar severamente direitos sociais, que afetam de maneira irremediável a população mais vulnerável do País, com intensidade particular em um momento de grave crise econômica.

O PSB diz que a reforma atinge o sistema de Seguridade Social e que os segmentos representados pela sigla são negativamente afetados pela proposta. Assim, o partido reitera que sem alterações significativas no texto, não vai votar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição).

— Não passa despercebido pela bancada o risco social que a reforma trará para os segmentos mais vulneráveis da população, uma vez que o BPC (Benefício de Prestação Continuada) será atingido, diminuindo a renda das famílias, em um momento que a população mais jovem sofre com altas taxas de desemprego.

Na terça-feira (14), a líder da bancada, deputada Tereza Cristina (MS), anunciou que não fechará questão para a aprovação da PEC 287, ou seja, os deputados ficarão livres para votarem sobre a aceitação de emendas ao texto proposto pelo governo.

Segundo a nota, o partido começou a consultar a militância e abriu uma enquete para ouvir os internautas sobre a reforma. O resultado será levado à Comissão Executiva Nacional.

Do Estadão Conteúdo