Por Bernardino Souto Maior

O deputado estadual Bruno Toledo (PROS) voltou a falar das denúncias de desvio de recursos, fracionamento de licitação, dentre outras, que envolvem a Secretaria de Estado da Saúde.

O pronunciamento do parlamentar foi ouvido atentamente sem nenhuma defesa dos deputados governistas e ainda de quebra ele recomendou aos deputados peemedebistas Ricardo Nézinho e Ronaldo Medeiros para se preocupar mais com assuntos como por exemplo esse escândalo da saúde ao passar o tempo falando de pardais que é assunto da Câmara Municipal de Maceió.

Toledo destacou mais uma vez o que se descobriu na Operação Correlatos da Polícia Federal e frisou que, desde dezembro do ano passado, vem alertando o Executivo sobre essas questões. “Em dezembro do ano passado eu chamei atenção para o desabastecimento, para o fracionamento de compras e para a situação dos fornecedores. Fiz questionamentos à Secretaria, inclusive em audiência pública. É claro que há o problema da superlotação do HGE, mas a questão não é apenas essa, mas sim dos sérios problemas que foram apontados pela operação da Polícia Federal e agora pelo Fantástico. Eu falei do caso das ambulâncias também aqui”, frisou.

Toledo disse que “não torce pelo quanto pior melhor”. “Eu espero é que o governo resolva o problema. Mas veja, a realidade do povo alagoano está muito longe. A prioridade da Saúde passou a ser cortina, sofá e isso precisa ser questionado. O governador quebrou agora o silêncio. Mas, em entrevista, resolveu colocar a culpa na imprensa. Quer dizer? Desabastecem as unidades, deixam os fornecedores fechar as portas e aí a culpa é da imprensa? É desonesto.

Eu falei e volto a repetir: o governador Renan Filho aí tem duas responsabilidades: por ação ou por omissão. Eu tentei alertar sobre isso aqui. Mas, na época, ainda em dezembro do ano passado, o caminho do governo foi tentar descredenciar o mensageiro, dizendo que era demagogia de quem fazia o alerta naquele momento”.

Bruno Toledo cobrou que o parlamento estadual passe a fiscalizar com mais força a situação vivenciada pela pasta da Saúde do governo Renan Filho. “Não foi por falta de aviso. Quando fiz as críticas, fiz de forma responsável, querendo apontar o problema para que se buscasse a correção”, encerrou.

0 parlamentar fez questionamentos sobre compras fracionadas na pasta da Saúde em dezembro de 2016, por meio de requerimento. Os questionamentos foram reiterados em duas audiências públicas, mas o parlamentar não recebeu as respostas.

Além disso, o deputado estadual do PROS denunciou a situação dos fornecedores que não foram pagos desde o ano de 2014. Foram diversas reuniões entre fornecedores e a secretaria. Em um dos casos – como lembrou Toledo – se cogitou até a possibilidade do Executivo dar um “calote institucional” nos empresários.

Por fim, o deputado estadual do PROS enviou um torpedo: que é preciso que a Casa de Tavares Bastos seja de fato o parlamento estadual não se pautando apenas na discussão de assuntos que cabem a Casa de Mário Guimarães, que é a Câmara Municipal de Maceió.