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Postada em 24/08/2015 18:59 | Atualizada em 24/08/2015 19:06 | Por Todo Segundo

Collor chama procurador-geral da República de "fascista da pior extração"

Para ex-presidente, Janot quer "constranger" o Senado às vésperas de ser sabatinado pela Casa
Collor chama procurador-geral da República de "fascista da pior extração" - Foto: Agência Senado
A dois dias da sabatina que pode levar o chefe do MPF (Ministério Público Federal) a um novo mandato de dois anos, o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) chamou nesta segunda-feira (24) o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "fascista da pior extração".

Collor destacou que não tem como questionar a denúncia de Janot contra ele por estar sob segredo de Justiça e que o único objetivo do chefe do MPF é "constranger" o Senado às vésperas da sabatina.

— Trata-se de um fascista da pior extração, e cuja linhagem pode ser perfeitamente traduzida nas palavras de Plutarco: "Nada revela mais o caráter de um homem do que seu modo de se comportar do que quando detém um poder e uma autoridade sobre os outros. Essas duas prerrogativas despertam toda a paixão e revelam todo o vício"

O ex-presidente, que chamou Janot de "sujeitinho à toa" e "figura tosca" afirmou que ele não é dotado da "conduta moral" que se exige para o cargo. Ele criticou o fato de a PGR (Procuradoria-Geral da República) não tê-lo ouvido antes de acusá-lo criminalmente. Repetiu que iria depor na próxima sexta-feira (28).

— Essa prática dentro dos preceitos do Direito? Dos consagrados direitos da Justiça? Direitos individuais?

Para o senador, há um conluio da PGR com a mídia ao mencionar que a imprensa noticiou a acusação contra ele, mas, até o momento, seus advogados não tiveram acesso à denúncia. Ele afirmou que vazamento de informações é crime e que "ninguém absolutamente ninguém" está livre de ser vítima de condutas do que chamou de "grupelho" de Janot.

Ao apresentar um vídeo durante seu discurso, o ex-presidente disse que um procurador da República não teria apresentado ao chefe da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, um mandado de busca e apreensão contra ele. Por causa desse ato de força amparado em decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), há três semanas Collor chegou a xingar Janot.

"Até quando vamos permitir estado policialesco que a Procuradoria-Geral tenta implantar?", questionou ele, ao citar que, anteriormente, o próprio Janot já teve o entendimento, em parecer, de que a Polícia Legislativa pode, sim, acompanhar ações nas dependências da Casa, como seria o apartamento funcional do senador alvo da busca e apreensão.

— As imagens que aqui foram mostradas são a tradução fiel do que é hoje a política de conduta adotada pelo grupelho instalado pelo MP sob o comando de Rodrigo Janot. Que, como vimos, prevalece a arrogância, o despreparo, a prepotência, o abuso e a arbitrariedade. É assim que eles se sentem, detentores do poder absoluto, acima da lei e de qualquer instituição.

Estadão Conteúdo
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