Da Band.com

Por 11 votos a 9, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados votou pela continuação da investigação sobre o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é suspeito de que quebra de parlamentar por ter mentido sobre a existência de contas bancárias no exterior.

Os deputados acompanharam o voto do relator do processo, Marcos Rogério (PDT-RO). Mais cedo, o Conselho havia negado, também por 11 votos a 9, um pedido de vista no parecer dele.

Antes da decisão de hoje, a votação foi adiada por outras sete sessões. Agora, Cunha terá 10 dias para apresentar sua defesa. Só então o Conselho de Ética começará a discutir o mérito da questão, ou seja, se Cunha realmente mentiu na CPI da Petrobras, em março.

Na ocasião, ele disse que não tinha nada além do que havia declarado em seu imposto de renda. Pouco depois, porém, documentos obtidos pelo Ministério Público da Suíça mostraram que o parlamentar possuía dinheiro no país.

O processo aprovado pelo Conselho de Ética é puramente político, e não criminal, e poderia culminar com a cassação do mandato de Cunha. Apesar disso, o desfecho sobre o caso deve demorar.

Polícia Federal amanhece nas residências de Cunha
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (15) uma nova fase da Operação Lava Jato, batizada como Catilinárias, que teve com um dos alvos Eduardo Cunha

Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências do presidente da Câmara, localizadas no Rio de Janeiro e em Brasília.

O Comando de Operações Táticas da PF chegou à residência oficial de Cunha, na Península dos Ministros, em Brasília, às 5h50, acompanhado de agentes da Polícia Legislativa, que ficaram no local até às 11h20, quando a busca foi encerrada. O deputado, com advogados e seguranças, acompanhou a operação.