Por Alan Fagner

A atuação do bombeiro militar em incêndios, a princípio, parece simples: chegar no local e apagar o fogo “jogando” água. Na verdade, é uma operação mais complexa do que se imagina, onde muitas vezes, pode ou deve ser usada o mínimo de água possível. Assim, como em qualquer outra profissão, a padronização de ações e reciclagem de conhecimentos devem ser uma preocupação constante.

Pensando nisso, o Corpo de Bombeiros vem realizando desde 2016 a Instrução de Nivelamento Operacional (INO) de Combate a Incêndio.  “Iniciamos pela região metropolitana. Todo mundo foi capacitado, desde o oficial mais antigo à praça mais moderna receberam as instruções e agora partimos para o interior”, destaca o capitão Fernando Holanda.

Ainda de acordo com o oficial, o foco da INO é combate a incêndio urbano com ênfase em ambiente confinado e possível presença de vítimas. “Como o bombeiro vai se capacitar para enfrentar esse tipo de desafio? Como ele deve chegar nesse local e como deverá intervir com segurança para si, para toda sua guarnição e para uma eventual vítima que esteja no ambiente?”, questiona o oficial.

As aulas são organizadas pela Comissões Técnica de Ensino e Pesquisa (CTEP) de Combate a Incêndio, sob a supervisão da Superintendência de Ensino e Pesquisa (SEP) e contam com a colaboração dos instrutores e de outros bombeiros que foram capacitados na área e que agora são voluntários para repassar seus conhecimentos.

A INO visa promover a padronização de técnicas, táticas e estratégias das ações do Corpo de Bombeiros no serviço operacional. Com foco no combate a incêndio urbano e ênfase em ambiente confinado e possível presença de vítimas.

O primeiro grupamento do interior a receber as instruções foi o 2º GBM, de Maragogi, que contou com duas turmas com cerca de 30 participantes. O nivelamento aborda o seguinte conteúdo: fenômenos com as bombas d’água em edificações, retirada de bombeiro vitimado de dentro do incêndio, incêndio em edifícios elevados, usos de preventivos fixos, padronização do uso de viaturas, entre outros.

Segundo o tenente coronel Walfrânio Bispo, superintendente de ensino e pesquisa do CBMAL, a realização dessas instruções no interior atendem um clamor da própria que tem a necessidade de se atualizar para melhor atender a população alagoana. “Nosso objetivo é assistir todos os militares da corporação, tanto da capital quanto do interior. Realizamos a INO para os bombeiros de Maceió e agora é hora de contemplar a tropa interiorana , suprindo a carência de atualização e cursos nestas regiões”, disse.