Do Todo Segundo

Equipes do Corpo de Bombeiros retomaram as buscas na manhã dessa segunda-feira (29), pelos desaparecidos nas enchentes em Alagoas. A estimativa é que pelo menos mil famílias estão desabrigadas ou desalojadas devido às fortes chuvas que atingem o estado.

Entre os desaparecidos estão quatro pessoas da mesma família que ficaram soterrados após as chuvas da madrugada do último sábado, dia 27, que provocaram o deslizamento de uma barreira no bairro Santo Amaro, na capital Maceió.

Por conta desse deslizamento, duas pessoas não resistiram e vieram a óbito. Marlene da Silva Cerqueira, 62, e o neto dela, uma criança de 5 anos. Outros membros da família, entre eles um bebê de sete meses, a mãe dele, o pai e um homem, permanecem desaparecidos.

Outra vítima que encontra-se desaparecida é um adolescente de 13 anos que nadava no Rio Mundaú, próximo a cidade de Satuba, Região Metropolitana de Maceió e não foi encontrado. De acordo com socorristas do Corpo de Bombeiros, o menino que não teve a identidade revelada estava nadando com amigos quando desapareceu.

Até o momento quatro pessoas morreram vítima das fortes chuvas que atingem o estado de Alagoas. Os outros casos aconteceram no Alto da Boa Vista, na Chã da Jaqueira, e na Grota do Pau D’arco, no bairro do Feitosa. As vítimas desses casos foram identificadas como Marli Santana de Oliveira, 48, natural de São Paulo, e Benedito Valdevino da Silva, 56, natural do município alagoano de Atalaia.

O presidente Michel Temer (PMDB) esteve reunido com o prefeito, Rui Palmeira (PSDB), e com o governador de Alagoas, Renan Filho (PMDB), para discutir a situação das áreas atingidas pelas chuvas.

"Dois fatores se apresentaram aqui. Um, nós precisamos cumprir a emergência, ou seja, recuperar logo aqueles danos provocados pela chuva. E mais adiante, não se trata de emergência, obras indispensáveis que sejam preventivas, ou seja, nós temos que proteger as encostas para que não hajam deslizamentos", disse Temer.

Um dos municípios mais atingidos é Marechal Deodoro, onde aproximadamente mais de cinco mil pessoas estão desabrigadas após a laguna Manguaba subir e alagar parte do município. Além do Centro Histórico, também foram afetados os bairros Taperaguá, Barro Vermelho, parte do Centro, toda a orla lagunar e Poeira, local conhecido como Beco da Anastácia.

Situação crítica também na cidade de Pilar, onde a prefeitura já registrou cerca de 200 desabrigados e outras 800 pessoas estão desalojadas. Em nota, a assessoria de comunicação do município informou que no total, 10 pessoas ficaram feridas, 20 casas foram destruídas e 400 residências danificadas.

Na capital Maceió, aproximadamente 469 famílias estão desalojadas ou desabrigadas por conta de deslizamentos e alagamentos em vários pontos da cidade. O prefeito Rui Palmeira comando no último domingo uma força-tarefa que prestou socorro às comunidades atingidas pelas chuvas.