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Brasil
Postada em 23/02/2016 20:32 | Por Todo Segundo

Cunha entra com nova ação no STF contra presidente do Conselho de Ética

Presidente da Câmara tenta mais uma vez barrar processo de cassação de seu mandato
Cunha entra com nova ação no STF contra presidente do Conselho de Ética - Foto: Divulgação
O advogado Marcelo Nobre, que representa o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo disciplinar no Conselho de Ética, informou aos conselheiros na tarde desta terça-feira (23) que entrou com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a análise do impedimento do presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA).

Essa é mais uma das estratégias da defesa de Cunha para questionar o andamento do processo por quebra de decoro parlamentar.

Na sessão do colegiado desta tarde, Nobre explicou que o objetivo do mandado de segurança é suspender o andamento do processo até que o Conselho responda questões de ordem formuladas por aliados de Cunha sobre a suspeição de Araújo.

"Como a questão não é decidida, o mandado de segurança tem esse objetivo", explicou Nobre. Na prática, o que os aliados do peemedebista buscam é o afastamento do presidente do colegiado.

O Conselho se reúne nesta tarde para discutir o parecer prévio do relator Marcos Rogério (PDT-RO) pedindo a continuidade da ação disciplinar. Aliado de Cunha, o deputado Wellington Roberto (PR-PB) apresentou um voto em separado no qual diz que o relatório de Rogério antecipa a punição de Cunha e precipita o processo.

Roberto defendeu que o colegiado não tem condições de fazer investigação no lugar do Judiciário e citou o processo contra o ex-deputado professor Luizinho (PT-SP), que escapou da cassação em plenário. "Foi uma injustiça típica e um atropelo político", afirmou.

Durante a discussão sobre se Wellington Roberto poderia prosseguir lendo seu relatório paralelo como vice-líder da bancada, o deputado Vinícius Gurgel (PR-AP) causou desconforto entre os colegas ao dizer que "é uma suruba isso aqui". Minutos depois, o parlamentar se desculpou e disse que não quis falar no sentido literal e sim no sentido político.

Do Estadão Conteúdo
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