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Postada em 05/04/2016 07:15 | Por Todo Segundo

Cunha recusa pedido de impeachment contra Temer feito por Cid Gomes

Presidente da Câmara afirmou ainda que pretende votar pelo deposição de Dilma Rousseff
Cunha recusa pedido de impeachment contra Temer feito por Cid Gomes - Foto: Agência Brasil

Agência Estado

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitou, nesta segunda-feira (4) dois pedidos de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer.

Cunha também rejeitou outros sete pedidos contra a presidente Dilma Rousseff.

Entre os pedidos contra Temer estava o protocolado na última sexta-feira (1º) pelo ex-ministro da Educação e ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT).

O documento é baseado em citações incorporadas às investigações da Operação Lava Jato que envolvem suposto pagamento de propina no esquema de corrupção na Petrobras e favorecimento ao PMDB.

A Câmara ainda enviou ao ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), uma manifestação em que defende o arquivamento do pedido de impeachment de Temer.

De acordo com o documento, apenas o presidente da República pode ser impedido pelo Congresso Nacional, e ministros do Supremo não podem intervir em ato do Legislativo.

O ofício foi protocolado após o vazamento, há três dias, de um rascunho de voto do ministro para que, em caráter liminar, Cunha aceite o pedido contra Temer e instaure uma comissão para analisar a denúncia.

Cunha afirmou que buscou se antecipar à decisão com informações que teria que esclarecer no futuro.

O presidente da Câmara revelou que o voto do ministro o pegou de surpresa, mas que nenhuma decisão foi tomada até o momento.

— Se ele proferir essa decisão, que eu não creio que ele irá proferir mas tem todo direito de fazê-lo, nós vamos agravar, recorrer e o plenário não vai mudar o entendimento sobre o tema.

O parlamentar argumentou ainda que, caso Marco Aurélio seguisse com o voto, ele teria de abrir 47 comissões especiais contra Dilma, fazendo referência ao número de pedidos de impeachment contra a presidente rejeitados por ele até hoje.

Voto pelo impeachment
Sobre o processo de impeachment da presidente Dilma que deverá ser votado em plenário ainda este mês, Cunha disse que irá exercer o seu direto de votar.

Adversário declarado do governo, ele votará pela abertura do processo.

O presidente da Câmara usou como referência o deputado estadual Ibsen Pinheiro, líder do PMDB gaúcho, que, em 1992, comandou o processo que culminou na queda do ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL).

Como presidente da Câmara dos Deputados, Pinheiro votou ao final da sessão pela destituição do então presidente.
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